Bancários voltam ao trabalho!

Veja como será o retorno dos bancos após um mês de greve

Agências devem voltar abrir as portas nessa sexta-feira (7). Foto: Arquivo

Após 31 dias de greve – a mais longa desde 2004, primeiro ano de negociação salarial nacional unificada -, os bancos reabrem ao público nesta sexta-feira (7). A decisão de retorno ao trabalho na Grande Curitiba foi tomada em assembleia realizada no início da noite desta quinta-feira (6). Acatando a orientação do Comando Nacional dos Bancários, os trabalhadores aprovaram a proposta apresentada na quarta-feira (5) pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Banco do Brasil e Caixa Econômica.

Assembleia dos bancários. Foto: Pedro Serapio
Assembleia dos bancários. Foto: Pedro Serapio

Os bancários terão reajuste de 8% nos salários, mais abono de R$ 3.500, a ser pago em até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Haverá aumentos de 15% no vale-alimentação e de 10% no vale-refeição e no auxílio creche-babá. Licença-paternidade passa para 20 dias. Será criado um centro de realocação e requalificação profissional.

Além disso, o acordo está condicionado a um reajuste, em 2017, que contemple a reposição da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para os salários e em todas as verbas. Os dias parados durante a paralisação não serão descontados.

“Fizemos uma greve forte e, em um ambiente de alta incerteza política e econômica, a categoria garantiu ganho real em 2017 e para este ano manteve a valorização em itens importantes como vales. Garantimos também a não compensação dos dias parados”, avaliou Juvandia Moreira, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf).

Benefícios

Este ano, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será de 90% do salário mais R$ 2.183,53, limitado a R$ 11.713,59. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.769,88. Está prevista ainda uma parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07. A primeira parcela da PLR será depositada até dez dias após a assinatura da convenção coletiva de trabalho.

Com o reajuste, o menor piso da categoria será de R$ 1.487,83 e o maior, para caixa/tesouraria, de R$ 2.883,01. O auxílio-refeição passa a R$ 32,60. O auxílio-refeição passa a ser de R$ 32,60 ao dia.