Após acordo, centrais querem debater outras demandas

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, avisou nesta quarta-feira (27) que a assinatura do acordo que define a política de reajuste do salário mínimo não vai acabar com as marchas que as centrais sindicais fazem todos os anos. Segundo ele, nos futuros debates as centrais irão incluir outros temas importantes na pauta para os trabalhadores que recebem um salário mínimo como redução da jornada de trabalho, acesso à educação e qualificação profissional.

"Não é que a marcha acabou. Temos outras bandeiras importantes", disse. Ele acrescentou ainda que a assinatura do acordo era uma bandeira que a CUT defendia há muito tempo e mostra claramente uma vitória "no olhar para o futuro".

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) Antonio Fernandes dos Santos Neto, também elogiou o acordo e disse que a elite dizia que a alta do salário mínimo era um aumento para a inflação. "Agora está a prova de que não é", disse. Segundo ele, o aumento do salário mínimo ajuda o crescimento da economia com inclusão social e afirmou que outras demandas importantes devem ser debatidas, como uma taxa de juro real mais baixa da economia.

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Antonio Carlos dos Reis, enfatizou a importância do acordo e disse que foi no governo que os trabalhadores conseguiram um debate sério e maduro.

O presidente da Social Democracia Sindical (SDS), Enilson de Moura, fez muitos elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse que o próximo passo são as reformas. Segundo ele, é preciso ser solidário com o crescimento e com a estabilidade. Afirmou que quem precisa de reformas não são os banqueiros, mas os trabalhadores.

O presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores, José Calixto Ramos, afirmou que esse acordo não é o ideal "mas foi o possível", uma vez que permite um reajuste automático a cada ano e que não mais precise "ficar com o pires não mão todos os anos".

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