O coordenador da campanha à reeleição do presidente Luis Inácio Lula da Silva e presidente em exercício do PT, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta sexta-feira (13) que haverá cortes de gastos num eventual segundo mandato de Lula. "É evidente. Nós vamos ter cortes de gastos, mas graduais", disse. Ontem, em entrevista publicada no jornal O Globo, o presidente Lula afirmou que não era necessário ter cortes de gastos para haver maior investimentos.

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Garcia não foi específico quanto aos cortes de gastos que seriam feitos em um eventual governo petista. Ele disse que com a queda das taxas de juros haverá o aumento do crescimento econômico e de arrecadação. Ele criticou o governo anterior ao afirmar que nos oito anos antes do presidente Lula houve um inchaço provocado pela terceirização. Ele ressaltou que o presidente tem um projeto diferente do governo anterior que, segundo ele, propunha um estado mínimo e de mercado.

Para Marco Aurélio, o economista Yoshiaki Nakano, um dos que elaboraram o programa econômico do candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, "falou alto o que eles estavam pensando baixo" ao defender a necessidade de cortes de gastos públicos de 3% do PIB. "A proposta de Nakano significaria cortar três anos de Bolsa Família", disse Garcia.

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