Antônio Apurinã é o primeiro indígena a chegar ao Senado

Quase duas décadas após o cacique Mário Juruna ter exercido um mandato na Câmara dos Deputados, é a vez de um índio chegar ao Senado. Primeiro indígena a ocupar uma cadeira na Casa, o acreano Antônio Ferreira Apurinã deverá tomar posse em abril, durante as comemorações da Semana Nacional do Índio.

Aos 43 anos, Apurinã é militante do PCdoB e segundo suplente da senadora reeleita Marina Silva (PT/AC), nomeada ministra do Meio Ambiente.

Por conta de um acordo feito entre os dois Partidos, o primeiro suplente de Marina Silva, Sibá Machado (PT/AC), vai se licenciar por um tempo para que Apurinã assuma o posto. Não há definição sobre o tempo que o índio permanecerá no cargo, mas o acordo prevê o retorno de Sibá Machado ao Senado. O acordo teve o aval do governador do Acre, o petista Jorge Viana.

Ansioso, Apurinã diz que pretende entrar no Plenário de cocar, braçadeira e cara pintada. Ele garante que sua luta será pela aprovação do Estatuto do Índio, parado no Congresso desde 1988.

Serralheiro elogia a “pluralidade” do PT

O ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, nomeado para o Ministério da Educação, também deixará o mandato de senador para seu suplente. O substituto será o serralheiro Eurípedes Camargo, de 52 anos. Morador da cidade satélite de Ceilândia, Camargo, até hoje, havia sido eleito apenas como deputado distrital. Para Camargo, sua chance de chegar ao Senado é resultado da “pluralidade” do PT. Ele promete lutar pelos trabalhadores da construção civil. Uma de suas propostas será a diminuição de 65 anos para 57 anos a idade mínima de aposentadoria para os trabalhadores desse setor.

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