Brasília – Apresentada como candidata à presidência da República pelo PRP, mas contestada pelo próprio partido, Ana Maria Rangel poderá participar do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. A decisão foi do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cezar Peluso, atendendo a um recurso de Rangel.

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A empresária teve a candidatura indeferida no último dia 8, porque o PRP não a reconheceu como candidata e ainda votou pela sua expulsão. No recurso ao TSE, a defesa alegou que a decisão de cassação da candidatura ainda não teve julgamento definitivo e que, portanto, sua candidatura está sub judice. De acordo com o artigo 15 da Lei Complementar 64/90, alega Rangel, somente após a decisão ter transitado em julgado será declarada a inelegibilidade do candidato.

Em junho, a empresária acusou o presidente do PRP, Ovasco Resende, de tentativa de extorsão, ao cobrar R$ 20 milhões para permitir sua candidatura. A suposta negociação chegou a ser gravada em vídeo e divulgada por um canal de televisão. Na época, o advogado do partido negou que tenha havido extorsão e afirmou que a quantia era de R$ 3 milhões, sendo R$ 1 milhão para Ovasco a título de consultoria política.

Com o retorno de Rangel ao horário eleitoral, o tempo entre os demais candidatos será recalculado. A propaganda dela poderá continuar até que se esgotem todos os recursos a que ela tem direito. Se ela perder no TSE, ainda poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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Rui Pimenta (PCO) também está apresentando programas no horário eleitoral gratuito nas mesmas condições, porque sua candidatura foi indeferida por problemas na documentação apresentada. Agora, serão oito candidatos a dividir o tempo do horário eleitoral.

Segundo a assessoria da candidata, os programas de Rangel deverão ser apresentados a partir da próxima terça-feira (29).

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