Amorim defende postura ativa do Brasil contra causas do aquecimento global

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o Brasil não pode ficar defensivo em relação s medidas a serem adotadas para evitar o aquecimento global. Para Amorim, que participou nesta terça-feira (6) da Assembléia do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o país já vem adotando medidas de preservação ambiental como o desenvolvimento de tecnologia do uso das biomassas.

Segundo o ministro, o governo também tem trabalhado para evitar o desmatamento da Amazônia e que as medidas adotadas já resultaram na diminuição em 50% da destruição da floresta. Mas temos que chegar a 100%, ressaltou. Mas veja bem, há uma questão que as pessoas não levam em consideração. De que a relação da Amazônia e o aquecimento global é muito mais provável. Infelizmente. E queremos evitar, ser uma relação de vítima do que causa, argumentou Amorim.

Porque se vocês lerem os relatórios [do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês)], vão verificar que mesmo que nós façamos tudo o que a comunidade internacional s vezes nos cobra, e tem muita coisa a ser feita mesmo, se continuar a emissão de gases no Hemisfério Norte da maneira que ela existe hoje a Amazônia vai desaparecer e se transformar em uma área de cerrado, assinalou o ministro.

Na semana passada, foi divulgado o relatório do IPCC em que está previsto o aquecimento da Terra em 4 graus até o fim deste século por causa da ação humana. Amorim afirmou ainda que o Brasil é grande interessado em que o tema clima seja tratado de maneira adequada e pró-ativa e com o relevo que ele merece. Já tenho netos, então temos que pensar no mundo deles.

O ministro citou a idéia de criar o cargo de embaixador especial para mudança de clima, anunciada ontem por ele, como uma primeira reação para demonstrar a importância que o tema tem nas negociações internacionais.

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