Genebra – Um quarto das reservas que poderiam ainda ser descobertas de gás natural no mundo estariam na América do Sul. A informação é de estudos feitos pelo governo americano, o que indica o potencial da região em termos energéticos para os próximos anos.

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Hoje, a América do Sul tem reservas de gás natural para abastecer os mercados da região por pouco mais de meio século, segundo os cálculos do governo dos Estados Unidos.

De acordo com a estimativa, a proporção entre a produção e o volume de reservas disponíveis chega a 55 anos. Na última década o gás natural se tornou um dos combustíveis mais demandados. Na América do Sul, passou a ser o segundo mais usado, após o petróleo.

Apesar de contar com reservas para meio século, a região é superada por outros continentes. Nos países da ex-União Soviética, incluindo a Rússia, as estimativas são de que as reservas seriam suficientes para abastecer a região por 77,4 anos. Na África, essa taxa chega a 96,9 anos. Já no Oriente Médio, os campos seriam suficientes para mais de cem anos.

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O governo americano estima que muitas reservas de gás natural ainda estão por ser encontradas nos próximos anos. O volume estimado seria equivalente a duas vezes o consumo de gás entre 2002 e 2025. O estudo também aponta que outras reservas já descobertas estão em locais pouco acessíveis ou longe de centros de consumo, o que tornaria inviável economicamente o transporte do gás. Um quarto das reservas que poderiam ainda ser encontradas no mundo estariam na América do Sul.

Enquanto esses novos campos não são descobertos, os preços internacionais o gás continuam a subir. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), desde 2000 o preço nos Estados Unidos foi multiplicado por quatro. Na Europa, o valor do combustível seguiu a mesma tendência registrada nos Estados Unidos. No Japão, o aumento foi de 300% nos últimos cinco anos. Já na Rússia, maior produtor mundial, o preço do gás é apenas um décimo do que é cobrado nos Estados Unidos.

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Apesar do aumento no preço dos combustíveis nos últimos anos, a ONU alerta que isso ainda não gerou investimentos por parte de governos e empresas para garantir que toda a população dos países mais pobres seja atendida por serviços de energia. Segundo as Nações Unidas, 2,4 bilhões de pessoas continuam sem acesso à serviços de energia no mundo. 1,6 bilhão de pessoas ainda não têm eletricidade em casa.