Alta de combustível não deve ser repassada às tarifas aéreas

Rio (AE) – O aumento de 10% no preço do querosene de aviação (QAV), em vigor desde domingo, conforme decisão da Petrobras, não deverá ser repassado aos passageiros, por enquanto. Segundo a Gol, a TAM e a Varig informaram hoje (17), não está prevista nenhuma mudança nos valores dos bilhetes, que na semana passada foram reajustados pelas três companhias em 15% em média.

O índice de 10% adotado pela Petrobras foi resultado de uma reunião realizada na semana passada entre o diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, e os presidentes das principais companhias. O setor aéreo estimava que o aumento poderia se situar entre 28% e 30%, por causa dos efeitos dos furacões Katrina e Katia na produção de petróleo no Golfo do México, e pediram a suspensão do reajuste.

Outra reivindicação era a mudaça no prazo dos reajustes de quinzenal para mensal, mas este pedido não foi aceito. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) considerou o índice adotado pela Petrobras "positivo" e informou que foi aberto um canal de comunicação do setor com a Petrobras.

Conforme levantamento do Snea feito antes do reajuste, o QAV acumula alta de 40,3% este ano. De 1999 até agosto o combustível teve variação de 906,4%, ante 267,06% da gasolina, 443,3% do gás de cozinha e 438,7% do óleo diesel.

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