Alckmin sinaliza possível recuo em deixar governo até 31 de março

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, sinalizou um possível recuo na decisão de deixar o governo do Estado até 31 de março para disputar o governo federal. Após participar da cerimônia de abertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa deste ano, Alckmin abaixou o tom quando perguntado se deixaria o cargo até a data-limite para se desincompatibilizar. "Provavelmente", respondeu, ao contrário do que declarava, que deixaria a função até o fim de março, sendo ou não o escolhido pelo partido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobre se o "provavelmente" poderia significar uma antecipação da saída do governo do Estado, ele foi enigmático: "Aguardem", afirmou duas vezes. A declaração de Alckmin foi feita horas depois de a página Blog do Noblat na internet ter divulgado a informação de que a alta cúpula tucana (o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente nacional da legenda, senador Tasso Jereissati, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves) havia escolhido o candidato da sigla nessas eleições: o prefeito de capital paulista, José Serra.

O governador de São Paulo, no entanto, afirmou que Fernando Henrique havia "desmentido dez vezes" que preferiria um a outro. Alckmin emendou: "Não tem absolutamente nada disso. " O governador afirmou que tem mantido contatos freqüentes com a cúpula e a base da agremiação. Alckmin disse ainda que não seria "demérito" para nenhum ele e Serra não ser o escolhido. "Não é demérito para quem não for escolhido; não vai haver nenhuma decepção, tudo tem seu tempo", declarou. Apesar disso, Alckmin manterá as visitas programadas a outros Estados. No sábado (04), ele vai a Dourados (MS) e Campo Grande.

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