São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, deixou hoje o almoço com os principais líderes do partido, na capital paulista, evitando falar sobre a eventual realização de prévias para a escolha do candidato, apesar de o presidente nacional da legenda senador Tasso Jereissati (CE), ter saído do mesmo encontro admitindo essa possibilidade.
Alckmin, que destacou a vontade de disputar o governo federal, durante a reunião com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, pré-candidato à reeleição, e Jereissati, defendeu não haver motivos para debater o critério de escolha no atual momento. "Isso não foi discutido, nem há razão de se discutir", afirmou, logo após o almoço, no Palácio dos Bandeirantes. "Acho que agora é hora de ouvir, de conversar." Segundo o governador de São Paulo, a conversa de hoje foi positiva, permitiu-lhe reiterar a intenção de "trabalhar pelo Brasil" e de deixar clara a disposição em construir um entendimento dentro da legenda. Apesar de manter o tom evasivo, Alckmin destacou que o encontro com a cúpula tucana representou mais um passo nas negociações para vencer a disputa pela vaga da legenda à eleição.
O governador também insistiu que não há necessidade de se ter pressa na definição do nome, mas lembrou que a decisão não deverá passar de março. "Isso não precisa ser resolvido já, nem passará de março. Demos mais um passo." Ao ser perguntado sobre qual seria este passo, Alckmin passou a palavra para o presidente do PSDB.
Pouco antes, o governador também voltou a dizer que os procedimentos em torno da escolha do candidato tucano fazem parte do processo político caracterizado pelo diálogo e pela busca do entendimento.
"Política é conversa." Na avaliação de Alckmin, esta marcha "está em boas mãos". "O presidente Tasso, Fernando Henrique e Aécio estão fazendo um grande trabalho de escutar o partido."