O líder nacional do Movimento Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, afirmou que o candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, "é um pó-de-arroz qualquer, a expressão mais desavergonhada da volta ao passado e ao neoliberalismo puro". "Ele seria a derrota completa da classe trabalhadora e da luta pela reforma agrária", disse. A crítica a Alckmin foi feita em discurso na praça da Cruz Vermelha, em Aracaju, que marcou as manifestações do Dia do Trabalhador Rural.
A cerca de 15 mil trabalhadores rurais, Stédile afirmou que se a direita tivesse certeza que ganharia as eleições presidenciais, "teria colocado o Serra [José Serra (PSDB), candidato ao governo de São Paulo]". Stédile também criticou o governo Lula, dizendo que ele não conseguiu derrotar o neoliberalismo instituído pelos ex-presidentes Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. "Para ganhar as eleições, Lula se aliou com parte do time dos ricos. É um governo eleito pelo povo para mudar, mas não teve força.
Ele também afirmou que toda a equipe econômica de Lula está nas mãos dos ricos. "Ministérios da Fazenda, Agricultura, Indústria e Comércio e o Banco Central com os ricos. Temos que denunciar isso, porque o povo não votou para colocar um deputado do PSDB como presidente do Banco Central [Henrique Meireles].