Alckmin diz que campanha caminha para o segundo turno

O candidato da coligação PSDB/PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, recebeu com entusiasmo o resultado da última pesquisa do Ibope, divulgada ontem, que reduziu a distância entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT/PCdoB, considerando que a campanha caminha para o 2º turno. Segundo ele, no segundo turno, "o poder de comparação é maior. A escolha tende a ser mais segura". Na avaliação de Alckmin, uma diferença de apenas 9 pontos, apontada pela pesquisa, é muito pequena. "Basta reverter cinco pontos para mudar de posição com o adversário", afirmou.

"A nossa mensagem está sendo bem recebida pela população brasileira", afirmou ainda o candidato tucano. "À medida que ficamos mais conhecido, o povo vai avaliando as nossas propostas sob ponto de vista da ética, da eficiência da gestão e, sobretudo do crescimento da economia".

Alckmin fez essas afirmações após dar entrevista ao canal de TV RBS. Neste momento, ele está reunido com coordenadores de sua campanha, em seu comitê eleitoral. Da reunião participam, entre outros, o candidato a vice-presidente em sua chapa, senador José Jorge (PFL-PE), e o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), um dos coordenadores de sua campanha.

Ao chegar ao comitê de campanha, Fortes defendeu a investigação, antes mesmo das eleições, do Executivo pela CPI dos Sanguessugas seguindo, segundo ele, a mesma linha que a comissão de inquérito vem adotando em relação aos parlamentares.

"O Executivo tem que ser investigado logo", sustentou. "A partir do momento em que se privilegia o Executivo, passamos a ter um fraudador de primeira classe", acrescentou.

Também Fortes fez uma avaliação positiva da campanha. Ele atacou Lula, adversário de Alckmin na campanha, afirmando que seu partido, o PT, "foi PhD em matéria de corrupção".

"Não tenho preconceito contra a origem e a falta de estudo do presidente Lula, mas sim contra o fato de ele não cumprir suas promessas, principalmente no comportamento ético", afirmou Heráclito Fortes. "A ética do partido deixou de ser ideológica para ser uma estratégia baseada no avanço aos cofres públicos".

Fortes fez um relato positivo do encontro mantido ontem por Alckmin com a candidata ao governo do Maranhão, senadora Roseana Sarney (PFL), que pretende manter-se neutra na campanha e não declarar apoio ao candidato Lula, que é apoiado pelo pai de Roseana, senador José Sarney (PMDB-A). Isso, para Fortes, já é um avanço. "Achei melhor do que se esperava", afirmou.

Voltar ao topo