Alckmin defende que Lula se pronuncie sobre quebra de sigilo

Rio – O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, defendeu há pouco que o presidente Lula se pronuncie sobre a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Alves. "O que nós vemos é uma omissão do Presidente, que até agora não falou. É uma omissão grave de um fato que é uma questão de valor, é uma questão de princípio", disse. Ele lembrou que na época o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, estava trabalhando no Palácio do Planalto quando houve a quebra do sigilo bancário do caseiro. "A violação não é uma injustiça, um atentado contra uma pessoa, o caseiro. Na realidade, ela é uma ameaça a toda a sociedade", afirmou.

Segundo Alckmin, "a única vez que o presidente falou foi na posse do novo ministro (da Fazenda, Guido Mantega) quando saiu o ministro Palocci e ele disse que o ministro Palocci era mais que irmão dele, mas não se referiu ao fato que ocorreu (quebra de sigilo) e que é grave", afirmou Alckmin ao deixar o velório da mãe do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) Izabel do Carmo Ribeiro, no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Alckmin disse também que o candidato à vice-presidente na sua chapa "natural" seria do PFL, "mas o próprio presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) declarou que política é conversa, entendimento em torno de um objetivo maior", disse.

Ele disse respeitar o PMBD que tem um pré-candidato próprio, Anthony Garotinho, mas defendeu uma aliança em torno de um programa de crescimento. "O que nós defendemos é um grande projeto nacional de desenvolvimento, um agenda de crescimento e uma concertação política para cumprir esse programa". Alckmin não quis dizer que economistas estão preparando seu programa econômico. Mas prometeu um conjunto de reformas "muito ambicioso e uma grande sinergia entre política fiscal, monetária e cambial".

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