Alckmin critica ‘partidarização’ da CPI do Banestado

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), criticou hoje o que classifica de "partidarização" da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Banestado no Congresso.

"A CPI do Banestado teve um início muito confuso e não terminou bem; está inconclusa em muitos casos. Pior: o fato de você trazer luta política e partidarização para dentro de Comissão Parlamentar de Inquérito é muito ruim", ressaltou, após participar de uma cerimônia de reestruturação da Polícia Militar.

Para Alckmin, é preciso ter muito cuidado com a questão das CPIs porque representam um instrumento muito poderoso e necessário no regime democrático.

"Portanto, precisa ter caráter suprapartidário", emendou. Ele afirmou não ter dúvidas de que a forma como a CPI foi conduzida e como foi apresentado o relatório conclusivo do deputado José Mentor (PT-SP) – que pediu o indiciamento de 91 acusados por supostos crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas e corrupção, entre eles, o ex-presidente do Banco Central (BC) da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso Gustavo Franco – indica a presença de um "viés político".

"Tudo é preocupante (nessa CPI)." Alckmin disse também concordar com a preocupação do senador Pedro Simon (PMDB-RS) de que o resultado dos trabalhos da CPI do Banestado pode não ter conseqüências apenas para essa comissão. "Fui deputado federal em duas legislaturas e essa questão de CPI sempre foi tratada de maneira muito cuidadosa, não permitindo que questões partidárias ou brigas políticas contaminassem os trabalhos."

FHC

O governador de São Paulo foi cauteloso ao comentar as críticas que o ex-presidente fez ontem ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura do encontro de prefeitos tucanos, em Brasília.

"É obvio que ninguém é imbatível; se alguém fosse imbatível, não precisava ter eleição", disse, encerrando o assunto sobre as eleições de 2006.

"Tudo tem seu tempo; agora, o que precisamos é arregaçar as mangas e trabalhar." Alckmin afirmou que a reunião dos prefeitos do partido foi muito produtiva. "Para se ter uma idéia, os governos municipais do PSDB terão responsabilidade de governar cidades que compreendem 62 milhões de pessoas. Praticamente, dobramos a presença nos municípios, ocorrendo um forte enraizamento urbano", destacou.

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