O candidato do PSDB à Presidência da Republica, Geraldo Alckmin, criticou os baixos investimentos do governo federal em infra-estrutura e logística e atacou o que classificou de "loteamento" dos portos brasileiros entre deputados federais. Para o ex-governador de São Paulo, o Brasil é obrigado a conviver com diversos gargalos no setor de infra-estrutura por conta da má qualidade dos gastos do governo – o que impede a elevação da taxa de investimento do setor público nos transportes.
"O governo não pode atrapalhar o Brasil, o governo tem que trabalhar para criar as condições favoráveis (para o crescimento)", disse Alckmin na 1ª Conferência Nacional de Infra-Estrutura Logística, em São Paulo. Ele ressaltou que, se for eleito, realizará um ajuste fiscal de grandes proporções para possibilitar um maior direcionamento de recursos para o setor produtivo brasileiro. "Os investimentos em infra-estrutura que já estavam muito baixos há duas décadas, pioraram muito nos últimos anos", criticou.
Para Alckmin, também é necessário uma aplicação maior de recursos no setor energético que, para ele, pode voltar a entrar em crise caso se prolongue a situação atual. "Não podemos depender tanto da questão das chuvas. Se o Brasil estivesse crescendo forte, nós já teríamos problemas hoje. O Sul, por exemplo, já está recebendo energia de fora", alertou.
O candidato tucano prometeu ainda profissionalizar a gestão dos portos do País que, de acordo com ele, foram loteados pelo governo atual. "Este aparelhamento do Estado brasileiro é um atraso; isso leva a uma perda de eficiência e, num segundo momento, à corrupção. É uma coisa atrasada esse loteamento e, no caso portuário, escandaloso.