Agronegócio em crise e taxa de câmbio afetam otimismo

A crise enfrentada pelo agronegócio e pelo setor exportador abalou o otimismo dos empresários em relação ao desempenho do seu próprio negócio para este ano, apesar de eles continuarem avaliando positivamente o quadro macroeconômico. Pesquisa nacional com 972 empresários da indústria, comércio, serviços e dos bancos, realizada em junho pela Serasa, revela que 54% apostam no crescimento das vendas para este ano. A mesma enquete feita em março indicava que 65% dos empresários acreditavam no crescimento das vendas para 2006. O recuo no período foi de 11 pontos porcentuais.

"Eles apostavam numa queda mais acentuada dos juros e na recuperação mais rápida do câmbio para voltar a aquecer as exportações e o agronegócio", diz o assessor econômico da Serasa Carlos Henrique de Almeida, responsável pela pesquisa. Já os resultados dos indicadores macroeconômicos apontam uma melhora das expectativas. Segundo a pesquisa, aumentou de 49%, em março, para 57%, em junho, a fatia dos empresários que acreditam no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.

Também melhoraram as expectativas quanto à taxa de câmbio. Em março, 42% dos entrevistados acreditavam na desvalorização do real em 2006, índice que aumentou para 49% este ano. Com relação à taxa básica de juros, a Selic, aumentou de 29%, em março, para 37%, em junho, o número de empresários que acham que a taxa irá ser mantida este ano. No mesmo período, diminuiu de 21% para 15% a parcela daqueles que apostam no aumento dos juros.

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