A probabilidade, disse Borba, é que a votação desse projeto fique para depois das eleições. Para o líder do PFL, José Carlos Aleluia, não há a menor hipótese de votação da proposta nesta semana. “Não há acordo e tem vários projetos na frente”, explicou. Na noite de terça-feira, integrantes da Comissão, governistas e de oposição tentaram sem sucesso fazer um acordo para garantir a votação pelo menos na Comissão Especial.
O relator do projeto deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), apresentou ontem um voto complementar com pequenas modificações no texto de seu parecer divulgado em junho. Na mesma tarde, a Comissão tentou se reunir para votar a proposta mas não houve quórum nem consenso em torno do relatório de Picciani. O relator disse que ainda iria analisar a proposta da oposição.
Na opinião do deputado Eliseu Resende (PFL-MG), o projeto precisa ser esclarecido em vários pontos, mas ressalta especialmente os artigos que dão aos ministérios o poder de conceder outorgas de serviço público, podendo delegar esta atribuição às agências. Resende defende que pelo menos a gestão dos contratos de concessão fique sob responsabilidade das agências reguladoras. “A agência tem de administrar o contrato ou que autoridade ela terá para multar alguma empresa?”, questiona o deputado.
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