Ribeirão Preto, SP – O advogado do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, José Roberto Batochio, afirmou hoje que não é possível existir qualquer tipo de relatório por parte da Polícia Federal que possa apontar seu cliente como mandante na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. De acordo com Batochio, que compareceu à Delegacia Seccional de Ribeirão Preto, além de o inquérito correr em segredo de Justiça, o artigo 10.º do Código do Processo Penal prevê que o relatório seja a última manifestação do delegado no procedimento.
"Se não terminou o inquérito, não pode haver relatório; o relatório não é salame para dividir em fatias", disse o advogado que se reúne neste momento com o delegado seccional Benedito Antonio Valencise. Os dois devem definir a data em que Palocci irá prestar depoimento no inquérito criminal que apura irregularidades no contrato de limpeza urbana de Ribeirão Preto no período em que Palocci foi prefeito da cidade paulista (2001-2002).
A Polícia Federal informou hoje que apontará Palocci como mandante da quebra ilegal do sigilo de Francenildo. Hoje, também o delegado Rodrigo Carneiro Gomes, que preside o inquérito, deve entregar os autos à Justiça Federal com pedido de mais 30 dias para outras investigações.
