Advogada nega compra e entrega de disquete a Marcola

A advogada Maria Cristino Rachado negou hoje, em depoimento na CPI do Tráfico de Armas, na Câmara, ter participação na compra de disquete com cópia de declarações sigilosas feitas à Comissão pelo diretor-geral do Deic de São Paulo, Godofredo Bittencourt, e a entrega do material a Marcos Camacho, o Marcola, chefe da organização criminosa PCC.

O disquete teria sido comprado do funcionário da Câmara Artur Vinicius Pilastre por Maria Cristino e o advogado Sérgio Weslei da Cunha. Ela e Cunha são advogados de Marcola, que teria tomado a decisão de ordenar os atentados em São Paulo porque Bittencourt antecipou à CPI a informação de que o chefe do PCC e outros presos de alta periculosidade seriam transferidos para presídios de segurança máxima.

A advogada disse que não sabia que o material continha declarações do delegado. Segundo Maria Cristina, Cunha lhe disse que se tratava de um CD cuja entrega aos dois havia sido autorizada pela CPI. Ela afirmou ainda que, segundo Weslei da Cunha, a quem ela teria conhecido na Câmara, o CD continha um depoimento de um cliente dele que havia prestado depoimento à CPI. Por essa versão, o conteúdo do CD não seriam as declarações de Godofredo Bittencourt. A advogada disse ainda que não chegou a ouvir a gravação.

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