Acordo sobre demissões na Varig depende de assembléia de trabalhadores

Rio de Janeiro – A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, disse que uma proposta para acordo coletivo sobre as demissões na Varig foi enviada aos sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas que ainda permanece sem resposta porque envolve a realização prévia de assembléia dos trabalhadores. Até o momento, nenhum sindicato  do setor aéreo, envolvendo aeronautas e aeroviários, assinou qualquer  acordo de trabalho com a VarigLog, nova controladora da Varig.

Selma Balbino participou de audiência pública convocada pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro para discutir o pagamento das dívidas trabalhistas da Varig  com os empregados. Os salários estão atrasados há cerca de quatro meses e ainda é preciso discutir como será feita a indenização dos 5,5 mil empregados demitidos na semana passada.

A presidente do Sindicato dos Aeroviários  revelou que do total de 3,985 mil empregados que serão mantidos, apenas 1,7 mil serão aproveitados pela nova empresa neste primeiro momento, porque o restante engloba funcionários licenciados junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por acidentes de trabalho, licenciados sem vencimento ou pessoas afastadas do trabalho.

A falência, segundo ela, representaria a perda de 9,5 mil empregos diretos e 50  mil indiretos. ?Ia ser uma monstruosidade de desemprego no setor aéreo?, afirmou. O sindicato entende, entretanto, que as demissões efetuadas pela Varig foram realizadas sem critério. Ela esclareceu que a convenção coletiva  estabelece que terão estabilidade aqueles empregados que estão à beira da aposentadoria, o que não ocorreu.

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