Acordo que reduziu tarifas de pedágio não vai interromper obras

O diretor-geral do DER, Rogério Tizzot, reafirmou nesta sexta-feira, que o acordo que garantiu a redução de 30% nas tarifas praticadas pela Rodovia das Cataratas não exige a interrupção de nenhuma obra do cronograma estabelecido. “Teremos a partir de agora um prazo de 90 dias em que técnicos do Governo, do CREA e da concessionária vão se reunir para debater e discutir todo o contrato entre a empresa e o Estado. Qualquer afirmação antes dessas negociações é leviana”, ressalta.

O diretor-presidente da Rodovia das Cataratas, Augusto Bandeira, ressaltou ainda, que não há obra de duplicação para ocorrer no cronograma de 2004 da empresa, e que todas as obras desse porte só estão programadas para iniciar em 2007, com alguns trechos com finalização em 2021.

Diferente do que foi publicado em alguns jornais, Bandeira lembrou que o acordo com o Governo do Estado não determinou suspensão na duplicação do trecho entre Cascavel e Medianeira, na BR-277, e nem a interrupção da conservação das estradas administradas pela concessionária. “É bom esclarecer que não ocorrerá nenhum prejuízo para quem trafega pela rodovia. Todas as obras de restauração e conservação estão mantidas, assim como os serviços de atendimento aos usuários. Ou seja, a rodovia vai permanecer em ótimas condições de tráfego”, ressalta.

Acordo

Para o diretor-geral do DER, Rogério Tizzot, o acordo com a Rodovia das Cataratas foi altamente favorável à economia do Estado. “Essa redução é da ordem de 40 % se utilizarmos o trecho entre Cascavel e Ponta Grossa onde estão as praças da Cataratas, e da Caminhos do Paraná que anteriormente já havia entrado em acordo com o Governo”, salienta.

Tizzot lembrou ainda, os acertos eleitoreiros feitos pela administração anterior com as empresas de pedágio. “Os dois acordos feitos pelo Governo Requião estão muito distante do que ocorreu quando o Governo Lerner reduziu unilateralmente, às vésperas da eleição de 1998, as tarifas de pedágio em 50 %. As tarifas ficaram reduzidas por 18 meses, e durante esse período todas as obras foram paralisadas pelas empresas”.
Naquela época, vencida a eleição pelo ex-governador Jaime Lerner, as concessionárias tiveram suas tarifas reajustadas em mais de 100%. “Além desse aumento, o governo anterior firmou aditivos ao contrato original com as empresas que suprimiram 490 km de obras nas estradas do Paraná, além de deslocar a realização de diversas delas para os anos finais da concessão”, disse Tizzot.

Como exemplo, Tizzot citou o caso da duplicação entre Cascavel e Foz do Iguaçu, de responsabilidade da Rodovia das Cataratas. “Essa duplicação era para ser finalizada em 2004. O governo Lerner mudou as regras e dividiu a entrega da obra em duas etapas, uma para ser concluída em 2013 e outra somente em 2021”. No caso da duplicação entre Guarapuava e Três Pinheiros, prevista para ser entregue em 2012, o aditivo do governo anterior prorrogou a entrega da obra para 2021, último ano da concessão

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