O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), confirmou a estratégia adotada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos de fechar o cerco ao centro do poder, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas investigações.
ACM concordou com a tese de que o requerimento de autoria dele de convocação do presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto, aprovado hoje na CPI, tinha também a intenção de contrapor-se a outras comissões que não atuam nesta linha.
A CPI dos Correios discutiu a convocação de Okamotto, que é amigo de Lula, tendo admitido até mesmo o pagamento de dívidas pessoais da campanha do presidente – mas o requerimento não foi aprovado. Agora, cabe à CPI dos Bingos marcar a data do depoimento, uma vez que o pedido do presidente da CCJ foi aprovado nesta manhã.
ACM afirmou acreditar que, ao honrar compromissos financeiros de Lula, o presidente do Sebrae teve uma participação ativa na campanha presidencial. A suspeita é que Okamotto possa ser um dos elos do aporte de recursos dos donos de bingos para a campanha presidencial petista.


