ABTA lança campanha de combate à pirataria

A Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) lançou hoje (11) uma campanha para combater a pirataria no setor. A iniciativa, resultado de parceria com o Sindicato das Empresas de TV por Assinatura (Seta) e a Associação Brasileira dos Programador es de TV por Assinatura (ABPTA), pretende promover a migração de usuários irregulares para a base de assinantes do setor.

De acordo com o diretor-executivo da ABTA, Alexandre Annenberg, a campanha vai ressaltar os prejuízos causados pela pirataria à indústria, ao usuário final e à economia como um todo. “A pirataria da TV por assinatura não afeta apenas a indústria. A partir do momento em que a estrutura de distribuição cai em mãos criminosas, esse problema passa a ser social e de segurança”, afirmou.

A campanha da ABTA envolve um filme de 30 segundos, panfletos e anúncios para revistas e jornais. Foram gastos R$ 100 mil até agora e o custo é considerado baixo devido à sua abrangência, já que a maioria das operadoras de cabo se dispôs a veicular o filme seis vezes ao dia gratuitamente.

De acordo com a ABTA, o índice de pirataria chega a 14% somente na TV a cabo. O coordenador da Comissão Antipirataria da entidade, Antônio Salles, informou que o porcentual equivale a uma perda anual de aproximadamente R$ 200 milhões à indústria. Mesmo assim, ressaltou que o problema já foi reduzido nos últimos anos. “Em 2002, cerca de 50% dos usuários de TV a cabo eram piratas. Melhoramos muito, apesar de ainda estarmos longe de países como os Estados Unidos, onde esse número é inferior a 5%”, declarou Migração – Salles acredita que um dos principais benefícios da campanha será a conversão dos atuais usuários irregulares em assinantes. Segundo ele, cerca de 90% dos piratas são ex-assinantes do serviço, o que demonstra que há interesse na contratação regular. “Nem todas as pessoas que furtam o sinal de cabo são criminosos. Grande parte desse público tem interesse em assinar”, acrescentou. “É muito mais inteligente incentivar essas pessoas a migrar para o serviço regular que buscar diretamente uma pena judicial.”

Conforme um levantamento da ABTA, a pirataria poderá extinguir cerca de 150 mil postos de trabalho no setor de TV por assinatura dentro de um prazo de dez anos, se a situação não for combatida. Além disso, o problema poderia representar a sonegação de ce rca de R$ 200 milhões em impostos e a evasão de R$ 3 bilhões em investimentos em infra-estrutura.

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