Abrigos federais: “são crianças invisíveis”, diz pesquisadora da PUC

"São crianças invisíveis para a sociedade", diz Myrian Veras Baptista, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente (NCA) da PUC da cidade de São Paulo, sobre a situação de jovens em instituições de abrigo em todo o país. Myrian Veras explica que por estar numa situação "institucionalizada", ou seja, num abrigo, essas crianças "não perturbam, pois não fariam rebeliões, por exemplo, bem como não perambulam pelas ruas. E de certa forma a sociedade não se preocupa com elas".

A pesquisadora da PUC-SP participou do seminário Abrigos: Comunidades de Acolhida e Sócio-Educação, que termina hoje no centro da capital paulista. O objetivo do evento, que reuniu representantes de entidades que abrigam crianças e adolescentes em todo o país, além de educadores e pesquisadores do tema, é elaborar propostas de políticas públicas para os três níveis de governo: municipal, estadual e federal.

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, abrangeu todas as seiscentas instituições de abrigo atendidas por recursos federais. Nessas instituições, há cerca de 24 mil jovens. Segundo a economista Enid Rocha, responsável por pesquisa, organizações não-oficiais estimam que existam 80 mil jovens em abrigos no país, mas esse número não é oficial.

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