Abras reafirma alta de 4% nas vendas de supermercados

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) reafirmou hoje a expectativa de alta de 4% para as vendas reais este ano em comparação a 2010. Segundo o presidente da Abras, Sussumu Honda, a diminuição do ritmo de crescimento da geração de emprego, em conjunto com uma maior “precaução” dos consumidores diante do atual cenário econômico, além das medidas do governo para reduzir a demanda, devem manter as vendas estáveis em relação ao desempenho observado no acumulado de janeiro a junho deste ano, quando foi observado crescimento na faixa de 4,3%.

“A pressão em termos de demanda tem diminuído. Isso se comprova pelo menor ritmo do volume das vendas, que não cresce como no ano passado”, disse. O volume de itens comercializados nos supermercados avançou 3,4% nos seis primeiros meses de 2011, mas continua dando sinais de arrefecimento, destacou Honda. No mesmo período do ano passado, as vendas subiram 6,5% frente ao primeiro semestre do ano imediatamente anterior.

Em relação aos preços praticados nos supermercados, o executivo avalia que as pressões de alta observadas no final de 2010 não devem se repetir em 2011. Ele cita como exemplo o comportamento da carne, que puxou os preços no final do ano passado, mas em 2011 se mantém estável. As barreiras às importações de carnes de aves e suínos brasileiras por parte de alguns países também devem ajudar na maior oferta da proteína no mercado interno.

No acumulado de janeiro a julho, os preços nos supermercados, medido pela GfK a pedido da Abras, recuou 3,61%. Mas em doze meses encerrados em julho, avança 8,94%. Por regiões do País, todas registraram queda nos preços em julho ante junho: Centro-Oeste (-1,8%), Sul (-1,54%), Nordeste (-1,25%), Sudeste (-0,74%) e Norte (-0,27%). Segundo Honda, o ingresso de grandes redes varejistas em novas regiões do País, sobretudo o “atacarejo”, mistura de atacado com varejo, contribuiu para o recuo dos preços praticados.

Honda minimizou os possíveis impactos da piora do cenário externo sobre as vendas do setor no Brasil. “O mercado interno ainda será a força indutora das vendas”, disse.

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