A pedido

Nós, homens públicos, sabemos que na atividade política, devemos estar sempre prontos para receber, com naturalidade, críticas sobre postura e ações. Há, no entanto, ocasiões em que somos atingidos injustamente, com insinuações maldosas e sem fundamento, que denigrem uma imagem construída com esforço, dedicação e lealdade ao longo do tempo.

No último dia 3 de abril, o jornal ?O Estado do Paraná?, na coluna ET CETERA, ao comentar sobre a equipe do governo estadual, colocou-me como ?Traíra?, que, segundo a linguagem popular, significa Traidor. Nunca me senti tão ofendido, Dr. Paulo, como no dia em que li essa nota. Tenho boas razões para esse sentimento e quero crer que, pessoalmente, o prezado amigo sabe que isso é verdade.

Nunca, em toda minha vida pública, pratiquei qualquer ato que possa ser caracterizado como traição. Comecei minha carreira política no mesmo partido onde me encontro até hoje. Nunca traí meu partido nem meus companheiros e amigos. Faço política há mais de 40 anos, cultivando amizades e mantendo um imenso respeito por todos, sejam correligionários ou adversários eventuais.

A traição, Dr. Paulo, é marca de pessoas com defeitos de caráter, coisa que, felizmente, não tenho. Sabem os que me conhecem, desde os tempos de presidente da Casa do Estudante Universitário, que minhas ações sempre foram pautadas por imenso respeito pelas pessoas. Lembro muito bem desse tempo, em que muitas vezes estive em seu escritório, nos estúdios da TV Iguaçu, pedindo apoio para manter a CEU de portas abertas, recebendo estudantes de todos os cantos de nosso Estado. Lembro com alegria dessa fase de minha vida e das atenções que recebi de sua parte, sempre pronto para tender os pleitos dos paranaenses de todos os segmentos de nossa sociedade.

Tenho a certeza, Dr. Paulo, que a nota em seu jornal, colocando-me como ?Traíra?, não passou pelo seu crivo e deverá merecer o reparo que espero, por considerar uma afirmação injusta e irreal.

Sem mais para a presente, subscrevo-me

Cordialmente

Orlando Pessuti 

Voltar ao topo