Saúde

85 novas mortes são confirmadas por vírus respiratórios no Paraná

Circulação da gripe no Paraná aumenta, indicam exames de laboratório
Vacina contra a gripe é reforçada após aumento de casos. Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O inverno mal chegou e os vírus respiratórios já mostram sua força no Paraná. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (18) novos dados sobre a circulação desses agentes no estado, com números que acendem o alerta: 1.397 novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) foram registrados na última semana, um aumento de 12% em comparação ao boletim anterior.

O cenário preocupa ainda mais quando olhamos para os óbitos: 85 novas mortes foram confirmadas, elevando o total para 683 vidas perdidas por problemas respiratórios graves desde dezembro de 2024. Este número representa um crescimento de 14% em apenas uma semana.

Os dados compilados pela Sesa abrangem o período entre 29 de dezembro de 2024 e 14 de junho de 2025, totalizando 13.408 casos de Srag com necessidade de hospitalização. Entre os casos confirmados, o levantamento aponta 1.751 infecções por Influenza, 567 por Covid-19, 3.400 por outros vírus respiratórios, 5.327 como Srag não especificada, 58 por outros agentes etiológicos e 2.305 ainda em investigação.

Quando analisamos as mortes, o cenário mostra a persistência da Influenza como vilã principal: das 683 vidas perdidas, 165 (24,2%) foram devido a este vírus. A Covid-19 foi responsável por 82 óbitos (12%), outros vírus respiratórios causaram 69 mortes (10%), outros agentes etiológicos levaram a 15 óbitos (2%), e 344 mortes (50%) foram registradas como Srag não especificada. Oito casos seguem em investigação.

As síndromes gripais mais leves, que têm monitoramento por amostragem, somaram 1.483 casos no período analisado.

Os pequenos são os mais vulneráveis

A faixa etária mais atingida continua sendo a de crianças menores de seis anos, seguida pelos idosos – grupos tradicionalmente mais sensíveis a complicações respiratórias. Do total de notificações de Srag por vírus respiratórios, 5.180 casos e 300 óbitos apresentavam algum fator de risco identificado.

Um dado que chama atenção é a baixa adesão à vacinação entre os casos graves: 3.863 pessoas (87%) com fatores de risco que precisaram ser internadas por Srag não haviam tomado a vacina contra a gripe. Entre os que perderam a vida, 249 (84%) também não estavam protegidos pela imunização.

Fique atento aos sinais

Os principais sintomas que caracterizam as síndromes respiratórias graves incluem febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, alterações no olfato ou paladar, falta de ar ou desconforto respiratório, dor ou pressão persistente no tórax, saturação de oxigênio abaixo de 95% em ar ambiente e coloração azulada (cianose) dos lábios ou do rosto.

Esses sinais indicam uma evolução mais severa das síndromes gripais comuns. Os principais responsáveis por esse cenário no Paraná são os vírus Influenza, SARS-CoV-2 (Covid-19), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, que seguem predominantes no estado.

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