A veterana atriz da TV Globo, Yoná Magalhães morreu na manhã desta terça-feira (20), no Rio. Ela estava com 80 anos. Desde 18 de setembro ela estava internada na Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio devido a problemas do coração.
Yoná marcou a suas carreira com papéis históricos na TV e no cinema brasileiro. Ela atuou no celebrado Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), do diretor Glauber Rocha. Quem a via atuar não diria que ela começou na profissão por acaso. A vida artística só aconteceu porque ela decidiu ajudar a família quando o pai ficou desempregado.
“Eu tinha que ajudar de alguma maneira, não sabia muito como, queria continuar os meus estudos. Gostava de brincar de teatro, essas coisas que todo mundo faz. Então eu digo: ‘Quem sabe não é por aí, né?’ Fui fazendo pequenas pontas, pequenos papéis, isso em meados da década de 1950, até que consegui um contrato com a Rádio Tupi”, segundo publicou o portal G1.
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| Outra imagem histórica, com o amigo Francisco Cuoco. |
Nascida em dia 7 de agosto de 1935, no bairro do Lins, no Subúrbio do Rio de Janeiro, Yoná Magalhães Gonçalves começou no rádio. A primeira participação em telenovela, surgiu a partir de um convite de Antônio Leite. Em seguida, participou de novelas e do Grande Teatro da TV Tupi e excursionou pelo Brasil com as peças O Amor é Rosa Bombom e Society em Baby-Doll, em 1962, com a companhia de André Villon e Ciro Costa.
Durante a turnê teatral, conheceu e se casou com o produtor Luis Augusto Mendes e foi morar na Bahia. Em Salvador, participou com o grupo A Barca, formado por ex-alunos da Escola de Teatro, do Grande Teatro, na TV Itapoã, sob a direção de Luiz Carlos Maciel. Também atuou no filme de Glauber Rocha, um marco do Cinema Novo.
Quem acompanha a dramartugia da TV Globo sabe que a atriz marcou presença em diversos campeões de audiência, como Roque Santeiro, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, onde interpretou a Matilde, dona da boate onde trabalham as dançarinas Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira). A seguir, participou da novela O Outro (1987), de Aguinaldo Silva, na qual viveu outra personagem exuberante, a Índia do Brasil.
Yoná também emprestou o seu talento às tramas O Sheik de Agadir (1966), A Sombra de Rebecca (1967), O Homem Proibido (1968), A Gata de Vison (1968/1969), quando contracenou com Tarcísio Meira e A Ponte dos Suspiros (1969).
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| Capa da Playboy em 1986: talento e beleza eram marcas registradas de Yoná. |