Wali Salomão e Lygia Faguntes Telles inéditos na Bienal

Entre seus escritores que têm presença confirmada na programação de debates na 18.ª Bienal do Livro de São Paulo, que acontece de 15 a 25 de abril no Centro de Exposições Imigrantes, estão Lygia Fagundes Telles, Cristovão Tezza, Silviano Santiago e Luzilá Gonçalves Ferreira. Adriana Lisboa e Max Mallmann, dois jovens talentos brasileiros que obtiveram reconhecimento internacional recentemente, também estarão na Bienal. Dois lançamentos marcarão o evento: Pescados vivos, livro inédito de Waly Salomão, e Antologia – Meus contos preferidos, de Lygia Fagundes Telles, coletânea organizada pela escritora.

Pescados vivos

é um livro de poemas ao qual Waly Salomão se dedicou em seus últimos meses de vida. Morto em 5 de maio de 2003, o autor, ensaísta, compositor, produtor cultural, diretor de espetáculos e ator publicou vários trabalhos pela Rocco, que reeditou recentemente Hélio Oiticica: Qual é o parangolé?, compilação de ensaios do autor em que ele homenageia o artista plástico do título, seu grande amigo.

Lygia Fagundes Telles selecionou seus 31 contos mais queridos – escritos entre as décadas de 60 e 90 – para compor a coletânea Antologia – Meus contos preferidos, um apanhado do que há de melhor na obra da escritora. A autora estará na Bienal para autografar este lançamento, algo que ela não faz há alguns anos, no dia 24, às 15h, no estande da Rocco. Na véspera, dia 23, a partir das 20:30h, Lygia Fagundes Telles participará de uma mesa-redonda, no Salão de Idéias, debatendo os rumos que o romance brasileiro tomou neste novo milênio.

Outro lançamento nacional é O proscrito, romance histórico de Ruy Tapioca ambientado em 1500, sobre um dos degredados deixados no Brasil pela armada de Cabral.

Entre os romances estrangeiros contemporâneos, Chuck Palahniuk, o cultuado autor americano de Clube da luta, apresenta na Bienal seu novo trabalho, Cantiga de ninar, uma curiosa história de humor negro. A canadense Margaret Atwood, por sua vez, introduz o leitor em um sombrio e apocalíptico mundo de fantasia em Oryx e Crake. Margaret Atwood é uma das presenças confirmadas no elenco internacional de grandes escritores convidados para a 2.ª Feira Literária Internacional de Parati (Flip), que acontecerá de 7 a 11 de julho, quando a Rocco lançará Negociando com os mortos, onde a autora reflete sobre o ofício de escrever. De Valerio Massimo Manfredi, autor da trilogia Aléxandros (que está sendo filmada pelo diretor Baz Luhrman, de Moulin Rouge), a Rocco lança o romance histórico O escudo de Talos. E a cineasta espanhola Rosa Peña estréia na literatura com O clã dos Peter Pans, uma história de vingança feminina.

Como destaque de seu catálogo, a Rocco traz o mexicano Carlos Fuentes, com Instinto de Inez; o italiano Antonio Tabucchi, com Está ficando tarde demais; e o brasileiro Silviano Santiago, com O falso mentiroso, que o autor autografa no dia 23, às 18h30, no estande da editora. Além destes, o leitor encontrará Contos orientais, de Leonardo Fróes; os dois volumes de A música do cinema, de João Máximo; e os thrillers de estréia de Stephen L. Carter, O imperador de Ocean Park, e Barry Eisler, Chuva de outono.

Os cinco primeiros títulos serão lançados na Bienal: a Coleção Faroeste, com oito livros de western de Elmore Leonard, mostrará pela primeira vez ao público brasileiro que o autor é um mestre em dois gêneros, e não apenas no romance policial. O leitor encontrará Hombre, Valdez vem aí, Quarenta chibatadas menos uma, Na mira da arma e Os caçadores de recompensas. Os próximos lançamentos da coleção serão The law at Randaldo, Escape from Five Shadows e Last stand at Saber River.

O gênero faroeste está também em Publique-se a lenda: A história do western, do especialista em cinema A. C. Gomes de Mattos, pela coleção Artemídia. O livro oferece uma filmografia com mais de cem títulos indispensáveis, a exemplo dos livros anteriores do autor, A outra face de Hollywood: filme B e O outro lado da meia-noite: filme noir.

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