Viva Voz chega a Curitiba com atraso

Viva Voz, que estréia hoje na cidade, é uma comédia urbana com um toque de mistério. O filme, o primeiro da O2 Filmes a ser lançado após o sucesso de Cidade de Deus, é dirigido por Paulo Morelli e tem no elenco Dan Stulbach, Vivianne Pasmanter, Graziella Moretto e Betty Gofman.

O longa, aliás, é o primeiro de Morelli, mas foi o segundo filmado pelo diretor e um dos sócios da O2 Filmes. Antes de Viva Voz, Morelli dirigiu em o épico O Preço da Paz, que conta a história do Barão do Serro Azul e tem Giulia Gam, Herson Capri, Lima Duarte, José de Abreu, Camila Pitanga e Danton Mello no elenco, com roteiro de Walther Negrão.

Viva Voz mostra um dia da vida de Duda (Dan Stulbach), um jovem e inseguro empresário que está prestes a receber uma grande quantia de dinheiro. Tudo que ele queria era pôr sua vida em ordem e a partir deste dia passar a ser tudo que não é: honesto, fiel e seguro de si. O primeiro passo para isto é romper com sua amante, mas sua esposa acidentalmente ouve tudo pelo viva-voz do celular e esta ligação vira tudo de cabeça pra baixo.

Contemporâneo, Viva Voz mostra também, de forma irônica, que o mundo está repleto de novos aparelhos e tecnologias, que podem às vezes ajudar e às vezes atrapalhar. É uma história que só poderia ter acontecido agora. Afinal, o personagem principal vê sua vida virada do avesso sem saber que está sendo ouvido pelo celular, vigiado por câmeras de segurança e roubado pela internet.

Antes de Viva Voz e O Preço da Paz, Paulo Morelli dirigiu o curta Lápide, com Denise Fraga e Antônio Calloni. O curta ganhou o prêmio de Melhor Filme em quatro festivais, incluindo Havana, Los Angeles, São Paulo e Rio de Janeiro. Morelli começou a fazer filmes super-8 aos 12. Nos anos 80, enquanto cursava a Faculdade de Arquitetura, fez vídeos experimentais com um grupo de amigos e com eles criou a Olhar Eletrônico, uma produtora independente que se transformou numa referência de inovação.

Nos anos 90, junto com Ribeiro, abriu a produtora O2 Filmes, hoje a maior produtora do Brasil. Depois de fazer comerciais e programas de TV, fez curtas e longas-metragens. O cinema, aliás, sempre esteve nos planos de Morelli. “Eu sempre quis fazer cinema. A publicidade foi a maneira que encontrei de chegar aonde eu quis e, ao mesmo tempo, desenvolver um trabalho gratificante e interessante”, diz o diretor.

Voltar ao topo