Luis Fernando Verissimo cumpriu à risca o que havia prometido para a abertura da décima edição da Flip: uma fala breve (seis minutos) e salpicada de humor.
Um dos principais cronistas da literatura brasileira, ele foi escolhido por representar, como disse o curador Miguel Conde, um “exemplo de autor que consegue falar para muitos sem fazer concessões”.
Verissimo levou a plateia às gargalhadas ao relembrar uma gafe que cometeu em uma das edições anteriores da Flip.
Em 2008, ele mediou uma palestra do dramaturgo Tom Stoppard. Nervoso diante do “monstro”, forma como ele, tímido notório, se refere ao público, acabou dizendo a frase: “É um grande prazer estar aqui na Clip”.
“Quatro anos depois, acho que a Flip quis me dar a oportunidade de corrigir a minha gafe”, comentou. “Depois cheguei à conclusão de que não foi uma gafe. Foi uma prova de sutiliza.”
O “C” de “clip”, brincou ele, era uma referência a palavras que marcam o evento em Paraty, como “charme”, “conversas” e “circo”. Principalmente, acrescentou, a “celebração” da literatura e do livro.
Ele finalizou seu discurso informal com uma tirada ovacionada pela plateia. “Foi uma prazer inaugurar a décima edição da Clip, ops, Flip”.