USP e Pfizer lançam Museu do Sexo

O Projeto Sexualidade (ProSex) da Universidade de São Paulo (USP), numa parceria com o Laboratório Pfizer, lançou ontem, durante o 29.º Congresso Brasileiro de Urologia, em Foz do Iguaçu, o Museu do Sexo. Na página www.museudosexo.com.br é possível observar quadros, esculturas e fatos históricos que remetem à prática sexual em toda a humanidade. “Ali estão textos sobre a história do sexo, receitas afrodisíacas, lendas, etc”, contou a coordenadora do projeto, a professora Carmita Abdo.

No lançamento do projeto computadores foram disponibilizados no estande da Pfizer no congresso. A idéia dos organizadores é levar o acesso ao museu para várias cidades do Brasil, em espaços predeterminados. Junto com os computadores, uma equipe de cerca de sessenta pessoas acompanharia o trabalho, prestando orientações sobre o tema. “Temos um trabalho na internet para pessoas mais especializadas, mas o objetivo do site é atingir uma população mais ampla”, revelou Carmita.

Ela disse que a idéia do museu foi amadurecida há pouco mais de quatro meses. A intenção é colocar temas como literatura e arte junto ao sexo. “Afinal quem não está interessado em ouvir falar sobre sexo. Queremos mudar esse conceito de que museu é relacionado apenas a coisas antigas”, explicou, destacando a participação dos meios de comunicação na vida sexual dos brasileiros. “Hoje 77% das pessoas que buscam informações sobre sexo o fazem através da imprensa.” Ela destacou que o museu será importante para assegurar que os erros cometidos historicamente não venham a se repetir.

Preocupação

Segundo dados apresentados ontem durante o congresso, a vida sexual do brasileiro passa longe de ser bem resolvida. Entre os homens com idade superior a 18 anos, cerca de 11 milhões têm algum problema de disfunção erétil (DE). O que preocupa é que apenas 10% deles procuram tratamento médico. Já quanto às mulheres, a disfunção sexual apresenta números assustadores. Conforme o estudo, metade das brasileiras tem um ou mais problemas relacionados ao ato sexual. Apenas 0,6% procura tratamento espontaneamente. Entre os problemas mais citados estão falta de desejo com 12%, dor no momento da relação, 18%, dificuldade em se excitar, 28%, e falta de orgasmo, 25%. “As mais jovens são as que têm mais dificuldade em chegar ao orgasmo. Já as com idade mais avançada têm geralmente problemas de perda de desejo”, explicou Carmita.

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