Uniformes de super-heróis fazem mal às crianças, afirmam pediatras

d11.jpgEra só o que faltava. Quando se supunha que o tempo da Sedução dos inocentes, do psicótico Frederic Wertham, e da perseguição aos leitores de gibis já havia passado, quatro pediatras ingleses, Patrick Daviers, Julia Surridge, Laura Hole e Lisa Munro-Davies, sem ter o que fazer ou por estar em busca de notoriedade, levantam uma tese que está, no mínimo, provocando calorosas discussões entre pais e fãs dos heróis das histórias em quadrinhos na Inglaterra.

O estudo, denominado Danos pediátricos relacionados a super-heróis: uma série de casos, sustenta que, apesar de as crianças parecerem bastante inteligentes aos olhos dos adultos, ao ponto de possuírem uma boa capacidade de discernimento entre a realidade e a fantasia, o uso de uniformes de super-heróis pode gerar nelas expectativas irreais e conduzi-las a sérios acidentes.

A conclusão dos pediatras súditos de Elizabeth II teria sido baseada em cinco míseros exemplos registrados, em que crianças fantasiadas extrapolaram a imaginação e tentaram usar poderes inexistentes, com graves resultados. Afora esses casos, de ocorrência duvidosa, jamais se soube de qualquer menino que, vestido de Super-Homem, tenha tentado saltar de um prédio, ou que, metido na indumentária do Homem-Aranha, decidisse escalar edifícios. Nem na Inglaterra, nem em qualquer outra parte do mundo.

Mas os ?especialistas? vão além e afirmam que nem os próprios uniformes são seguros e podem causar danos às crianças.

Nos Estados Unidos, onde a indústria das fantasias continua crescendo, a notícia só provocou riso. O mesmo aconteceu no Brasil, onde, como na totalidade dos demais países da Terra, o uso da violência prescinde de uniforme.

No entanto, talvez seja por isso que, no último dia 14 de fevereiro, três escolas de Phoenix, no Arizona, tenham ficado em estado de alerta durante mais de 45 minutos, enquanto policiais vasculhavam os arredores com o propósito de prender Batman, o Homem-Morcego. É que, segundo a agência Associated Press, um aluno de um dos estabelecimentos jurou ter visto uma pessoa vestida de Batman circulando no campus. Seria do sexo masculino, com cerca de 1,80m de altura, pulou a cerca e desapareceu no deserto próximo à escola, sem deixar rastros.

Certamente embarcou no batmóvel e voltou para Gotham City. 

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