Tiago Leifert está à vontade no The Voice

Comandar o programa que tem sido apontado como o maior acerto do ano da TV Globo não é para qualquer um. Ainda mais quando se trata de um formato que faz sucesso fora do país e tem a missão de levar ao estrelato a carreira de um músico. Aos 33 anos, Tiago Leifert, à frente do The Voice Brasil, parece lidar numa boa com o peso dessa responsabilidade. Na reta final da segunda edição brasileira do reality show musical, que termina no dia 26, ele revela estar mais à vontade na apresentação e confirma uma terceira temporada para 2014. Além disso, a mudança de dia de exibição, de domingo para quinta-feira, fez a audiência do programa crescer quase 70%. A média de pontos no ibope passou de 15,4, em 2012, para 25,7 neste ano, na Grande São Paulo.

E não é de hoje que o jornalista demonstra jogo de cintura diante de novos desafios. Em janeiro de 2009, depois de ter trabalhado como repórter na emissora carioca, assumiu o posto de apresentador e editor-chefe do Globo Esporte, em São Paulo. Diante das câmeras, Tiago passou a chamar a atenção pelo seu jeito despojado. A mesma desenvoltura tem sido mostrada para os fãs de música em The Voice Brasil.

Mesmo tendo mudado o dia de exibição, o programa conseguiu ser líder no horário, com média de 25,7 pontos no ibope, na Grande São Paulo. Como você vê essa mudança?

No domingo, a gente tinha mais gente na frente da mesma televisão. As pessoas se reuniam para assistir porque acabavam almoçando na casa de alguém. Agora, à noite, tem muito mais gente em casa, por isso, a audiência subiu. É um programa que, quando foi desenhado na Holanda (2010), surgiu para o horário nobre, com clima noturno.

E tem chance de continuar no mesmo dia em 2014? Talvez, mais vezes por semana?

Tem chance de continuar, sim. Sem dúvida nenhuma, na quinta-feira, a gente se deu bem.

Por que você acha que o The Voice é o melhor entre as outras opções de reality musical (American Idol e X-Factor, entre outros)?

O diferencial é o respeito pelos artistas. É um programa que você valoriza o profissional. Ele só está precisando de uma chance para aparecer na TV. E você tem vários motivos para gostar do programa: pode assistir porque é um programa com música de qualidade; porque tem competição; e porque gosta dos técnicos. Em outros formatos, a competição é maior do que todo o resto. Além disso, a gente não está lá para rir da cara de ninguém e caçoar de ninguém, nem para fazer graça em cima deles. Não expomos as pessoas ao ridículo.

Essa energia positiva do programa já fez com que você subisse no palco para cantar, recentemente, correto? Pensa em seguir essa carreira?

Não, não, não! (risos) O que vimos recentemente foi uma ideia do Carlinhos Brown porque a música (Amor, I Love You), que ele fez com Marisa Monte, tem Arnaldo Antunes declamando um texto (trecho do livro O Primo Basílio, de Eça de Queirós). Daí, ele falou: Tem de entrar alguém para fazer isso. Vai você (risos). Foi mais uma brincadeira, enquanto ele cantava essa música com Daniel.

E você está mais confortável na apresentação?

Eu acho que estou mais confortável porque eu já entendo, mais ou menos, o que vai acontecer. Tento ser mais um facilitador. Só preciso saber a hora de valorizar o momento e a hora de tentar dar o ritmo ao programa porque é uma atração rápida. As pessoas querem ver gente cantando, não apresentador falando.

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