Slash inflama público com repertório clássico

Lançando seu segundo disco solo, “Apocalyptic Love”, o guitarrista britânico Slash, que é radicado nos Estados Unidos, se apresentou nesta terça-feira (6) em São Paulo, no Espaço das Américas, para uma plateia que cantou todas as músicas durante a apresentação. O guitarrista tocou acompanhado de Myles Kennedy (vocalista da banda Alter Bridge) e o grupo The Conspirators, que conta com Todd Kerns (baixo, Age of Electric, Static in Stereo e Sin City Sinners) e Brent Fitz (bateria, Alice Cooper). O músico ainda toca hoje, em Curitiba, e no dia seguinte, em Porto Alegre.

Por volta de 20h, a banda alemã de heavy metal ‘Edguy’ aqueceu o público paulistano com personalidade, que já familiarizado com a sonoridade do grupo não hostilizou e tampouco vaiou os músicos devido a diferença de estilo musical com o guitarrista Slash. Formado por Tobias Sammet (vocal), Jens Ludwig e Dirk Sauer (guitarras), Felix Bohnke (bateria) e Tobias Exxel (baixo), os alemães vieram ao Brasil para divulgar seu mais recente trabalho, ‘Age of the Joker’, de 2011, mas por se tratar de uma abertura de evento o grupo resolveu mesclar músicas antigas com algumas recentes.

‘Nobody’s Hero’, do último disco, abriu o show com muita energia e mostrou Tobias Sammet em grande forma, além de brincar com o público em todo o momento da música. Na sequência dois clássicos do Edguy, ‘Tears of a Mandrake’ e ‘Lavatory Love Machine’, sendo que cada uma das faixas mostrou com exatidão cada uma das fases da banda – durante a execução da música Tobias brincou com a plateia e dividiu o público em dois e fez a tradicional brincadeira de qual lado cantaria mais do que o outro.

A banda fez um show curto se comparado às turnês anteriores no Brasil, mas músicas como “Vain Glory Opera”, “Superheroes” e a última do show, “King of Fools”, fizeram a cabeça dos fãs e do público que não conhecia os alemães. O fato de poder mostrar seu trabalho para outro tipo de público e ter agradado já mostra que a escolha para abertura do evento foi acertada.

Pontualmente às 21h30, Slash e banda começaram o show com a faixa ‘Halo’, do ‘Apocalyptic Love’. Público e banda estavam na mesma sintonia e tudo soava perfeito, inclusive a qualidade do som. Na sequência, ainda com a empolgação da abertura, emendaram com o clássico ‘Nightrain’, do ‘Appetite For Destruction’.

Logo de cara os fãs tiveram uma ideia de como seria o repertório, que ora era apresentado com faixas do último álbum, ora com os clássicos do Guns N’ Roses que todo mundo queria ver.

O vocalista Myles Kennedy não tem a mesma fama de Axl Rose no Brasil, por exemplo, porém quando cantou músicas do Guns N’ Roses o músico apresentava novos arranjos e potência vocal, fato que não tem acontecido com Axl com frequência. Os trabalhos com outras parcerias de Slash não ficaram de fora e ‘Ghost’, que no primeiro álbum solo tem o vocal de Ian Astbury, trouxe essa mescla de influências do guitarrista, além de ‘Standing In The Sun’ do último disco, com Myles e banda dando um show à parte.

Slash construiu uma carreira sólida e por causa disso apresenta composições pouco conhecidas, mas também de outros projetos paralelos como “Just Like Anything”, do Slash’s Snakepit. Mesmo assim o público aceitou a ideia de prontidão e agitou em todo o momento. Na sequência, duas do Guns N’ Roses, “Civil War” – a surpresa da noite — e “Rocket Queen”, ambas com uma pegada diferente de sua ex-banda, principalmente devido às influências dos músicos do The Conspirator. Em “Shots Fired” e “Far and Away” o destaque ficou por conta do vocal de Myles, que mesmo abusando de notas altas cantou muito bem nas duas faixas. O baixista Tod Kerns assumiu os vocais para o momento mais punk do show com “Doctor Alibi” e com “You’re Crazy”, do Guns N’ Roses.
Até o final da primeira parte da apresentação, Slash tocou faixas de sua carreira solo como “No More Heroes”, “Starlight” e “Anastasia”, porém foi com “Sweet Child

O’ Mine”, do Guns N’ Roses e “Slither”, do Velvet Revolver, que o Espaço das Américas veio abaixo. O público cantou os riffs com tanta força que até mesmo o guitarrista se surpreendeu.

O guitarrista fechou com “Welcome to the Jungle” e “Paradise City”, ambas do Guns N’ Roses e clássicos absolutos do Hard Rock. As versões ficaram mais pesadas ao vivo e divertiram o público. Em resumo, o show que Slash apresentou é bem caprichado artisticamente. A apresentação tem um repertório longo e que mistura todas as bandas que o músico participou. Vale muito a pena ir aos shows e se divertir com grandes hits do Hard Rock.

Veja o set list completo do show Edguy:
“Nobody’s Hero”
“Tears of a Mandrake”
“Lavatory Love Machine”
“Ministry of Saints”
“Robin Hood”
“Vain Glory Opera”
“Save Me”
“Superheroes”
“King of Fools”

Veja o setlist completo do show do Slash:
“Halo”
“Nightrain” (Guns N’ Roses)
“Ghost”
“Standing in the Sun”
“Back From Cali”
“Just Like Anything” (Slash’s Snakepit)
“Civil War” (Guns N’ Roses)
“Rocket Queen” (Guns N’ Roses)
“Shots Fired”
“Far and Away”
“Doctor Alibi” (Todd Kerns nos vocais)
“You’re Crazy” (Guns N’ Roses) (Todd Kerns nos vocais)
“No More Heroes”
“Starlight”
“Blues Jam”
“Anastasia”
“You’re a Lie”
“Sweet Child O’ Mine” (Guns N’ Roses)
“Slither” (Velvet Revolver)

Bis
“Welcome to the Jungle” (Guns N’ Roses)
“Paradise City” (Guns N’ Roses)

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