Senhor

Transforma esta minha solidão em poesia

Não permita que eu continue tão vazia

Não deixa que eu vá ao túmulo

em preto e branco

Enfeita a minha morte

com camélias, azaléias

hortênsias e amores-perfeitos

Ando pelas ruas perdida

Em busca de mim mesma sofrida

Onde o sabor da vida

que inebria?

O perfume das flores?

A brisa?

Apenas o vento que assobia,

carregando folhas e talvez

a vida.

 ( Um dia de ?fossa?)

Margarita Wasserman. Escritora e membro do Instituto Histórico e geográfico do Paraná.

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