Sempre de bom humor, Graziella Moretto se sente em casa em Da Cor do Pecado

A atriz Graziella Moretto costuma relutar em fazer novelas, mas não resistiu ao convite da diretora Denise Saraceni para interpretar a atrapalhada golpista Beki em Da Cor do Pecado. Graziella confessa que tem uma inclinação maior para fazer programas como Os Normais, onde interpretou a professora de Ciências Maristela, mas a atriz não esconde o entusiasmo com a novela das sete da Globo. Segundo ela, o sucesso de Da Cor do Pecado se deve ao dinamismo da trama, que além de uma história central, tem “várias sitcoms”, como ela mesma define. Não sei se seria assim em outra novela”, assume. Graziella também atuou em Estrela-Guia, de Ana Maria Moretzsohn. “Mas Estrela-Guia era uma novela atípica, ficou apenas três meses no ar”, explica a atriz.

Graziella Moretto entrou em Da Cor do Pecado quase três meses depois do início da trama, pois sua primeira filha nasceu em outubro de 2003, justamente quando a pré-produção da novela começou. “Cheguei até a pensar que eu não participaria, já que a Nina era recém-nascida. Mas deu tudo certo”, comemora a atriz. Ela admite que ficou um pouco apreensiva ao entrar com a novela já em andamento, mas acabou não enfrentando dificuldades de adaptação. Beki faz parte do núcleo cômico e contracena com Eduardo e Verinha, interpretados por Ney Latorraca e Maitê Proença. “Eles me recepcionaram tão bem que eu acabei me soltando e a personagem fluiu”, explica a atriz.

Quadrilha

No início da trama, Beki aparentava ser apenas uma mulher interesseira. Ela era garçonete e conheceu Eduardo na lanchonete em que trabalhava. Beki pensava que ele era milionário e começou a namorar com ele para se dar bem na vida. “Agora acho que Beki é uma criminosa. Ela começou sorrateira e acabou virando o cérebro do trio de golpistas”, afirma Graziella.

Para a atriz, Beki, Verinha e Eduardo são amorais, interesseiros e não têm respeito nem por eles mesmos. “Não somos uma família, somos uma quadrilha”, esclarece Graziella, citando uma frase de Beki. Os atores se divertem muito interpretando seus personagens e o clima durante as gravações é tão engraçado quanto as cenas que vão ao ar . “Há uma química entre a gente. Já falei para o Ney que passar o tempo todo olhando para ele e não poder rir, cansa”, brinca.

Além de Beki, Graziella Moretto está tendo que lidar com outra personagem vigarista. Ela interpretou Karina, uma mulher fogosa e sem caráter, no filme Viva Voz, de Paulo Morelli. Apesar de ter sido filmada em 2001, a comédia foi lançada apenas em maio desse ano. “Foi uma coincidência. Duas trambiqueiras se juntaram no ar ao mesmo tempo. Karina é mais lasciva, apoiada na sensualidade. Já Beki é mais ingênua”, explica a atriz. Esse foi mais um dos diversos trabalhos de Graziella com a O2 Filmes, produtora do diretor Fernando Meirelles. Com ele, a atriz também já fez vários comerciais e os filmes Domésticas e Cidade de Deus. “Não sou privilegiada pelo Fernando Meirelles. Toda vez que aparece um papel, faço testes como qualquer outra atriz”, esclarece.

Eterno bom humor

O senso de humor sempre fez parte da vida de Graziella. “É um dom divino. Quem não tem joga fora os minutos preciosos que temos de passagem pelo planeta. Eu observo as coisas com o olhar do humor”, garante. E não é apenas na tevê que a atriz mostra o seu lado cômico.

Ela atua na peça Terça Insana, em cartaz há três anos em São Paulo. “É uma comédia sobre assuntos cotidianos. A cada semana é um show diferente, com um tema novo”, explica. Graziella também vai expressar seu bom humor em um livro. Em outubro, ela lança É pra descer no Paraíso? São 15 coisas que eu não tinha entendido direito sobre gravidez, contando as reais experiências que teve durante a gravidez e que as gestantes não costumam comentar, a não ser entre si. “Mulher na gravidez fica iluminada. O cabelo também fica uma palha, a pele manchada e o corpo cheio de celulite, mas ela está iluminada”, ironiza Graziella.

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