Scooby-Doo foi o filme mais visto nos EUA

Você sabe quem é Matthew Lillard? E Linda Cardellini? E Freddie Prinze Jr.? E Seth Green? E Sarah Michelle Gellar? E Alicia Silverstone? Bem, talvez essas duas últimas, conhecidas atrizes teen. Em cinema, o casting malfeito estraga o produto como excesso de sal em comida. Não conserta mais.

Ao lado de Lições para Toda a Vida e Amor sem Fronteiras, Scooby Doo 2: Monstros à Solta estréia hoje nos cinemas do Paraná com atores que não combinam com os personagens do desenho e frustram a maioria dos fãs, que já estão entre os 30 e 40 anos.

A seqüência de Scooby e sua turma, quando eles enfrentam um desconhecido vilão mascarado que planeja dominar a cidade de Coolsvile usando uma máquina criadora de monstros foi o filme mais visto nos EUA no último final de semana e rendeu US$ 30,7 milhões nos seus três primeiros dias de exibição, enquanto seu antecessor acumulou US$ 54,2 milhões quando foi lançado no verão de 2002.

Difícil dizer se a história se repetirá aqui. Scooby-Doo é um clássico dos desenhos animados e foi muito mal transportado para a vida real, utilizando apenas um cachorro em computação gráfica que mais parece um bicho de pelúcia.

Nos EUA. a distribuidora Warner Bros. decidiu antecipar sua estréia para março para não competir com outros filmes direcionados à garotada, como Harry Potter e o prisioneiro de Azbakán e Shrek 2, que estréiam em maio.

A história é boba e insossa, nada diferente do desenho, mas convencia justamente pela falta de intenções mais sofisticadas.

O diretor Gosnell, discípulo e protegido de Chris Collumbus, fez uma correção de curso em relação ao primeiro filme. Em vez de tentar ser completamente original, foi beber na fonte dos desenhos animados que inspiraram a franquia. Tirou deles o elemento que sempre foi objeto de temor e de dúvida para os heróis, além de ser o que mais diverte e entretém os espectadores, sejam adultos ou crianças.

Como nos desenhos, manteve o conceito intacto. O ceticismo da turma, guardadas as características individuais de cada um deles, ainda permanece como sinal de que a racionalidade explica e supera qualquer manifestação sobrenatural ou supostamente inexplicável. Pode-se dizer que é um desenho iluminista.

Em outras palavras, as piadas foram feitas para cartoon e não para 35mm.

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