O Museu Oscar Niemeyer abre a mostra Yolanda Mohalyi – No Tempo das Bienais para convidados e o público em geral, neste sábado (08), às 11h. Durante o evento, o Museu permanecerá com a bilheteria franqueada entre 10h e 12h. O evento vai contar com a presença do casal alemão Barbara e Jürgen Bartzsch, detentores de direitos da obra da artista, e do Sr. Peter Cohn, representante do acervo Yolanda Mohalyi e responsável por dar continuidade à presença da artista no cenário artístico brasileiro. 

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As duas últimas grandes exposições individuais de Yolanda aconteceram em 1967, no Museu de Arte Contemporânea (MAC) de São Paulo, e 1988, no MAC – USP. “Esta nova mostra em Curitiba é o resgate de uma artista que teve um papel de grande destaque num momento de internacionalização da linguagem artística em nosso meio, com o predomínio do abstracionismo chamado informal.” A mostra tem o patrocínio da Companhia Paranaense de Energia (COPEL) e o apoio do Ministério da Cultura, do Governo do Paraná e da Caixa.

Grande expoente do chamado abstracionismo informal, Yolanda Mohalyi, nascida na lendária Transilvânia, construiu uma linguagem consistente e influenciada tanto por sua formação européia quanto pela realidade brasileira. Aos 22 anos, a artista adotou o Brasil como país e aqui passou a maior parte de sua vida. “É uma artista importante para a arte moderna; embora tenha chegado no Brasil quase uma década depois do início do movimento modernista. Em sua época, foi bastante reverenciada pela crítica nacional e internacional, sobretudo depois de ter sido agraciada com o prêmio de Melhor Pintor Nacional, na Bienal de 1963”, afirma a curadora.

De acordo com ela, a exposição é um recorte significativo da obra de Yolanda Mohalyi. A exposição é aberta por obras das fases iniciais de sua produção para depois se concentrar nas décadas de 1950, 1960 e 70, quando Yolanda participa de várias edições da Bienal Internacional de São Paulo. No primeiro segmento, é possível observar o impacto que a chegada ao Brasil teve sobre sua pintura. A seguir, vem uma fase de transição em que sua obra encaminha-se gradativamente para a abstração. Ao longo da década de 1950, é possível observar “o acentuado interesse da artista pelos elementos essenciais da composição: linha, forma, cor”. Desta fase, destacam-se os dois grandes painéis, compostos por folhas de papel pintadas a guache, pela primeira vez em exibição.

O segundo segmento é dedicado à exuberância do seu abstracionismo informal, uma “pintura feita de manchas de cor e intervenções gráficas”. Nos primeiros exemplares dessa fase “encontra-se ainda certa timidez, as manchas estão atadas umas às outras, mas logo se percebe que o gesto enérgico da pintora busca espaços cada vez mais amplos”. Essa abertura se dá pela articulação das formas, mas também por transparências e drippings (escorridos). As últimas pinturas apresentam “harmonias tão sutis que alguns críticos referem-se a essa derradeira fase como musical ou cósmica.

Serviço

Yolanda Mohalyi – No Tempo das Bienais

 

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Visitação: 08 de novembro a 01 de fevereiro

Museu Oscar Niemeyer

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Rua Marechal Hermes, 999

Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h

R$ 4,00 inteira e R$ 2,00 estudantes

Gratuito para grupos agendados da rede pública, do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.