Regiane Brunnquell quer esquecer tempo de ‘Pânico’

Ela é linda, fala sem parar e hipnotiza a audiência masculina por onde passa. A semelhança com a cantora Sandy lhe abriu as portas da TV, mas agora é um problema na vida da modelo Regiane Brunnquell, que quer esquecer o tempo que passou no Pânico, rebolando de biquíni. Ela conta em entrevista ao editor Miguel Andrade que seu plano é jogar fora de vez a Sandy Capetinha e se dedicar a um “trabalho sério”.

Aos 29 anos, a catarinense trabalha como modelo em São Paulo, bem longe dos holofotes de anos atrás. Ela entrou no Pânico em 2007, depois de vencer o concurso “Sereia da Praia”. Ficou um ano e saiu denunciando assédio e prostituição nos bastidores do programa. Para os fãs ela continua atendendo como Sandy Capetinha. O apelido aparece até no email oficial dela, mas Regiane garante que essa fase já era.

Você foi projetada pelo sucesso da personagem Sandy Capetinha, que consistia em apresentar uma versão mais apimentada da cantora Sandy Leah. Agora, você luta para apagar este passado. Por que?

A Sandy Capetinha surgiu para fazer matérias engraçadas e isso me interessava. Não seria uma panicat (aliás nunca fui). A Sandy Capetinha era para ser uma personagem que gravaria externas. Isso acabou não acontecendo e virou uma figura erotizada. Por isso fui confundida com uma panicat e recebi propostas de prostituição (que muitos sabem, elas tinham essa fama). Sufocada com essa rotulação e não contente desde o início com essa apelação, houve necessidade de afastar a Sandy Capetinha para que pudesse surgir a Regiane. E adquirir a oportunidade de desenvolver trabalhos pela capacidade artística e não apenas pelo uso do corpo.

Seus fãs nunca mais terão a chance de ver a Sandy Capetinha?

É incrível como ela virou esse ícone, quem sabe nas telas do cinema… Como personagem não descarto a probabilidade mas, num trabalho sério e bem direcionado.

Na lembrança do público você ficou marcada com imagem extremamente erotizada, em função de ter sido ex-panicat e pelos ensaios nus em revistas masculinas. Acha possível tentar uma carreira em que o foco não seja o seu corpo?

Com certeza. Lógico que trabalhar com a exposição do corpo não está descartada, uma vez que eu sou modelo publicitária, agenciada por duas agências em São Paulo e também desenvolvo trabalhos como atriz. O corpo, com certeza, é algo que o artista explora em toda a sua amplitude. E essa mudança de foco já ocorre, estou indo para o México fotografar um livro que mostra lugares do mesmo e a capa em Londres.

Recebi convite para ser Ring Girl do MMA e recusei, sendo assim a federação já manteve o convite para que eu seja repórter exclusiva de um programa voltado ao esporte em 2013. Outro projeto veio de um canal para apresentar um programa voltado para jovens e estamos conversando sobre o assunto.

Atualmente fui eleita a mulher mais linda do mundo pelo site Terra e acredito que isso se deu ao fato do meu público gostar tanto de mim (risos). Mas, no terra, mantiveram o nome “Sandy Capetinha” para a votação.

Você denunciou propostas indecentes nos bastidores da TV. Hoje você acha que está livre disso?

Antigamente eu mantinha a postura de resolver pelos bastidores, mesmo com uma postura adequada à situação. Já, hoje, se tiver que resolver, será por meio de processo. Afinal assédio sexual é crime.

Você disse que no momento está envolvida com cinema. Qual é a sua participação neste projeto?

Fui convidada para gravar um curta-metragem para Faculdade de Cinema em São Paulo. O convite surgiu após ter feito oficina de teatro e saberem da minha vontade de ingressar no cinema.

Você recusou ser ring girl e diz que não quer mais participar de programas de TV como assistente de palco, mas e um novo convite para posar nua para uma revista masculina?

Eu posei por necessidade de obter tal dinheiro na época, pois envolviam assuntos familiares,. Hoje eu consegui mudar o foco e agradeço aos meus fãs que tanto me apoiam e dizer que o meu carinho é recíproco.

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