Há uma década, a TV aberta reinava no Brasil. Quase todas as séries importadas vinham dos Estados Unidos. As exceções eram algumas produções japonesas, que divertiam as crianças e adolescentes, e uma ou outra atração do Reino Unido.

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O cardápio começou a mudar com o advento dos canais pagos. Embora a cultura americana ainda fosse majoritária na programação, foi ali que os brasileiros passaram a apreciar produções de outros países. Mas o melhor estava por vir. Os serviços de streaming como Netflix, HBO Go e Amazon trouxeram para o Brasil atrações dos mais variados lugares, como Índia, Islândia, Austrália e, claro, da Espanha. Em meio a esse aumento da oferta, a Espanha vem se destacando com produções que somam alto nível técnico e bons roteiros.

O hit do momento é “La Casa de Papel”, que acaba de estrear sua terceira temporada na Netflix. Dona de um orçamento turbinado, com direito a gravações em países como Argentina, Itália, Filipinas, Tailândia e Panamá, a série, que em 2018 ganhou o prêmio Emmy Internacional na categoria de melhor drama e já tem a quarta temporada confirmada, narra a história de um roubo minucioso e ousado de € 984 milhões da Casa da Moeda, em Madri.

Merlí

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Outra produção que também recebeu os holofotes recentemente foi Merlí. Estrelada por Francesc Orella como Merlí Bergeron, a série catalã acompanha excêntrico professor de filosofia, que usa métodos nada convencionais para deixar a matéria que ministra mais próxima de seus alunos, começou de forma modesta, numa emissora regional, mas logo se transformou em um fenômeno de audiência em toda a Espanha.

No total, foram 40 episódios, cada um deles abordando as ideias de um filósofo diferente. Adorado pelos alunos, Merlí, no entanto, tem vários opositores entre os professores.

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As três temporadas da série (de 14 de setembro de 2015 até 15 de janeiro de 2018), disponíveis na Netflix, também fizeram sucesso na América Latina. “É ótimo que o público brasileiro se interesse por programas não falados em inglês. O Brasil foi condicionado a achar que tudo que vem dos Estados Unidos é bom. Penso que há um preconceito muito grande com as produções de língua espanhola.

Felizmente, as séries espanholas estão rompendo esta barreira. Agora o mundo precisa prestar mais atenção ao que vem do México, Argentina, Colômbia e Portugal”, opina o diretor Félix Viscarret. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.