Processo por racismo em clipe é arquivado

O Ministério Público Federal (MPF) em Uberlândia (MG) arquivou procedimento administrativo aberto para apurar suposta ocorrência de discriminação racial e sexista no videoclipe da música Kong, de autoria de Alexandre Pires, com participação de Neymar e Mr. Catra. No vídeo, homens aparecem vestidos de gorilas. No despacho, o MPF sustenta que “não se pode concluir, ao menos objetivamente, pela ocorrência de racismo, por absoluta ausência do elemento subjetivo caracterizador dessa conduta lesiva”.

O procedimento havia sido instaurado a partir de representação encaminhada ao MPF pela Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, órgão da Presidência da República. Para o procurador da República Frederico Pellucci, que investigou o caso, “a despeito de se reconhecer a utilização da figura do macaco como expressão preconceituosa em relação à população negra, não se avista, no presente caso, essa intenção”.

Segundo ele, embora, “historicamente, a relação homem-macaco seja utilizada para desumanizar o negro”, “não se pode concluir que qualquer trabalho de expressão que invoque a figura do macaco (gorila) tenha, desde sempre, esse objetivo”.

Voltar ao topo