Prêmio Shell homenageia Blanc e Bosco

Comemorando a volta de uma das maiores parcerias da música brasileira, os vencedores da 24.ª edição do Prêmio Shell de Música são Aldir Blanc e João Bosco. A indicação aconteceu ontem na sede da Shell Brasil, no Rio de Janeiro.

O mineiro João Bosco e o carioca Aldir Blanc se conheceram nos anos 70, formando uma das mais bem-sucedidas parcerias da MPB. Entre os maiores sucessos, destaca-se O Bêbado e o Equilibrista que, ao sonhar com a “volta do irmão do Henfil”, ficou conhecida como hino da anistia, na voz de Elis Regina.

A escolha foi feita pelo júri que reúne a cantora Nana Caymmi, os jornalistas Luiz Fernando Vianna e João Máximo, o escritor Ricardo Cravo Albin e o instrumentista Luiz Carlos Ramos.

Para o crítico de música João Máximo, a dupla foi uma das maiores que a música brasileira já teve. Afastados durante os anos 80, Aldir Blanc e João Bosco estão reatando, este ano, a parceria. “Já posso imaginar como será o show comemorando a volta da parceria”, afirmou Máximo.

“O Aldir é para mim o poeta dos excluídos, da originalidade e da carioquice. João representa a universalidade da MPB”, explicou com entusiasmo o escritor Ricardo Cravo Albin.

A festa de entrega do Prêmio Shell de Música 2004 acontece em novembro. A Shell foi a primeira empresa privada a criar um prêmio para a música brasileira. Desde então, todo o ano é homenageado um compositor vivo pelo conjunto de sua obra.

Os outros premiados foram: em 1981 Pixinguinha; 1982, Tom Jobim; em 1983, Dorival Caymmi; em 1984, Luiz Gonzaga; em 1985, Braguinha; em 1986, Milton Nascimento; em 1987, Herivelto Martins; em 1988, Chico Buarque; em 1989, Caetano Veloso; em 1990, Gilberto Gil; em 1991, Martinho da Vila; em 1992, Paulinho da Viola; em 1993, Jorge Benjor; em 1994, Edu Lobo; em 1995, Baden Powell; em 1996 Rita Lee; em 1997, Roberto e Erasmo Carlos; em 1998, Zé Ketti; em 1999, Johnny Alf; em 2000, João Donato; em 2001, Elton Medeiros; em 2002, Ivone Lara; em 2003, Paulo César Pinheiro.

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