Portinari cede obra para ajudar no combate ao câncer de mama

O presidente do Projeto Portinari, João Candido Portinari (único filho do artista Candido Portinari), o presidente do Grupo Telelistas, Milton Kelmanson, e o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Diógenes Basegio, assinaram uma parceria para levar informação e conscientização sobre o câncer de mama a mais de 100 milhões de pessoas, por meio de uma página nos mais de 20 milhões exemplares das listas telefônicas distribuídas pelo Brasil e de um hot site no portal TeleListas.net que contabiliza, mensalmente, mais de 13,5 milhões de consultas e 4 milhões de visitantes.

A campanha nacional ?A Saúde da Mama? acaba de ser lançada, com com o apoio dos Distritos de Curitiba (Barigüi ? Distrito 4730) e Maringá (Catedral ? Distrito 4630), do Rotary Club . O objetivo é divulgar informações úteis e ações simples para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Tanto a página impressa na lista telefônica, quanto o hot site no portal TeleListas.net serão ilustrados com a obra "Nu Feminino" (Paris, 1929) de Candido Portinari.

Curitiba foi a cidade escolhida para o lançamento oficial da campanha ?A Saúde da Mama? porque um dos idealizadores do projeto e autor do texto utilizado é o médico curitibano Vinicius Milani Budel ? membro da Sociedade Brasileira de Mastologia e responsável pelo Ambulatório de Câncer de Mama do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

Além disso, o Sul do País apresenta dados ainda mais alarmantes sobre o índice da doença que é a maior causa de mortes por câncer entre as mulheres brasileiras.  Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2006 o Brasil terá quase 50 mil novos casos. O estudo aponta que a cada 100 mil brasileiras, 52 possuem câncer de mama, atualmente. No Sul, são 125 novos casos por ano a cada 100 mil mulheres.

De acordo com Budel, os números retratam exatamente o perfil de maior incidência de câncer de mama: mulheres com maior escolaridade, economicamente ativas, com melhores condições sociais, maior tecnologia disponível (e, conseqüentemente, maior longevidade) e, principalmente, gravidez tardia.

Em 2005, o número de mortes pela doença ultrapassou 9 mil, mais da metade eram mulheres entre 40 e 69 anos de idade. Infelizmente, de acordo com a SBM, apenas 23% das brasileiras examinam rotineiramente suas mamas, por medo da doença, falta de informação e preconceito. De acordo com o presidente do Grupo Telelistas, Milton Kelmanson, ?com informações adequadas e acessíveis, todas as mulheres podem entrar nessa luta contra o câncer de mama, que mata uma brasileira a cada 36 minutos?, revela.

O grande problema é que o câncer de mama não pode ser evitado e, muitas vezes, não apresenta sintoma. O alerta é do presidente regional do Paraná da Sociedade Brasileira de Mastologia, Eduardo Schunemann Júnior. ?Por isso, a melhor arma ainda é a detecção precoce do tumor, pois quanto mais cedo for descoberto, maiores as chances de cura?, enfatiza.

Ainda segundo Schunemann, as causas do câncer de mama ainda são desconhecidas: ?basta ser mulher para começar a se preocupar e realizar os exames regularmente?, explica. ?Apesar de homens também poderem apresentar a doença, na proporção de menos de 1% dos casos?, revela. Porém, algumas mulheres são mais propícias a desenvolverem o câncer de mama.

Os principais fatores de risco estão associados ao aumento da longevidade da população e à mudança dos hábitos de vida da mulher: puberdade precoce, estresse, sedentarismo e obesidade. Outros fatores de risco estão associados à hereditariedade, outros casos na família, tabagismo e alcoolismo.

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