Pianista americano Austin Peralta morre aos 22 anos

O pianista e compositor californiano Austin Peralta, uma das promessas do jazz, morreu aos 22 anos na noite de ontem. A causa da morte ainda não foi divulgada.

A morte foi confirmada pelo produtor Flying Lotus, dono do selo Brainfeeder, no Facebook. “Fico arrasado por ter que escrever que perdemos um membro da nossa família, Austin Peralta. Eu realmente não tenho as palavras certas neste momento”, escreveu o músico.

“Somos muito agradecidos por ele ter deixado tanta música bonita com a gente”, acrescentou Flying Lotus, que postou no site do selo uma homenagem ao seu “afilhado” prodígio, com fotografias, vídeo e músicas. No título do post, data de nascimento e morte do pianista: “Austin Peralta October 25, 1990 – November 21, 2012”.

Filho do famoso skatista Stacy Peralta, Austin Peralta fez um de seus últimos shows no Cine Joia, em São Paulo, em 13 de setembro, acompanhado de Timothy LeFebvre (contrabaixo) e Justin Brown (bateria).

O jovem pianista deu seus primeiros passos na música aos cinco anos de idade e destacou-se nos últimos anos por fazer um jazz futurista, cruzando “hard bop”, “free” e elementos eletrônicos.

“Jazz pode ser qualquer coisa”, disse em entrevista à Folha de S.Paulo dias antes de se apresentar no Brasil. “É um espírito de liberdade, um impulso de caminhar em direção ao desconhecido, mesmo se forem águas inexploradas, e fazer isso sem medo.”
Em 2007, Peralta dividiu o palco do Tokyo Jazz Festiva com o legendário Chick Corea e Hank Jones e Hiromi Uehara.

Ao terminar o ensino médio, o pianista foi para Nova York estudar na The New School University. Um ano depois, voltou para Los Angeles e desde então colaborou com artistas como Stanley Clarke, The Cinematic Orchestra, Erykah Badu e Miguel Atwood-Ferguson, entre outros.

O álbum mais recente de Austin Peralta, “Endless Planets”, foi lançado pelo selo Brainfeeder, do produtor de música experimental Flying Lotus, que o apadrinhou.

“Isso expôs minha música a muita gente que não me ouviria, como fãs de música eletrônica, gente que teria medo de jazz. As mentes estão se abrindo.

Voltar ao topo