Perigo em Bangcoc está repleto de clichês

Reproduzir fórmulas de sucesso para garantir o retorno do investimento já virou praxe em Hollywood. A exemplo, as viagens pelo tempo (do tipo quando o mocinho perambula pelo continuum e encontra tudo mudado e tem que voltar para consertar as coisas) e as história de justiceiros destemidos são reedições de uma consagrada fórmula da indústria cultural que praticamente assegura a bilheteria. Assim é Perigo em Bangcoc”, que estréia hoje nos cinemas de todo o Brasil.

Dos diretores Oxide Pang Chun e Danny Pang, e com o consagrado Nicolas Cage no papel principal, o longa aplica uma nova roupagem para duas fórmulas de sucesso a fim de multiplicar os cerca de US$ 40 milhões para fazer o filme de 100 minutos.

O longa conta a história de Joe (Cage), um anônimo assassino de aluguel que é contratado por Surat, um gângster tailandês que quer eliminar quatro “pedras no seu caminho”. Ao desembarcar na capital tailandesa, Joe contrata Kong (Shahkrit Yamnarm), um batedor de carteira, para buscar as encomendas.

Aqui, entra uma versão avessa de Karate Kid, quando o que se vê é um ocidental ensinando a um jovem oriental a arte necessária para se tornar um herói. No caso, virar um “bandido”.

As coisas passam a se complicar quando Joe passa a ignorar suas próprias regras fundamentais, tal qual Frank Martin (Jason Statham) em Carga Explosiva. E é justamente uma das suas principais normas – saber a hora de parar – que pode colocar sua carreira de mercenário por água baixo. Assim, uma paixão começa a levar Joe ao erro.

Se Perigo em Bangcoc é uma soma de clichês já vistos anteriormente, onde está o novo? Pergunta que só quem assistir poderá responder. A fita junta ação, drama e suspense, com aquele final inesperado que nem sempre agrada a maioria. Apenas uma opção para entretenimento.