Patrícia França, um curinga de Walcyr Carrasco

A atriz Patrícia França já pode se considerar uma espécie de “curinga” de Walcyr Carrasco. Tal e qual a carta do baralho que, em certos jogos, muda de valor de acordo com a combinação que o parceiro tem em mãos, a atriz está sempre disposta a mostrar versatilidade nas novelas do autor. Foi assim em A Padroeira, quando interpretou a sonsa Blanca de Sevilha, a primeira antagonista de sua carreira. Em Chocolate com Pimenta, a história se repete. Ela acaba de ingressar na novela das seis como a advogada Sofia Menezes, peça fundamental no plano de Jezebel para destruir Ana Francisca, personagens de Elizabeth Savalla e Mariana Ximenes, respectivamente.

“Entrar no meio de uma novela é sempre complicado. Mas, por ser uma novela do Walcyr, já achei bacana. Ele escreve para todo mundo. Por isso, todo mundo faz sucesso”, elogia.

Como geralmente acontece quando um ator entra no meio de uma novela, Patrícia França sabe pouco ou quase nada da personagem. Ela relata apenas que Sofia chegou a Ventura sem desconfiar que estava prestes a tomar parte de mais uma das mirabolantes farsas de Jezebel. A vilã-mor de Chocolate com Pimenta falsificou o testamento onde Ludovico, interpretado por Ary Fontoura, supostamente, deixava a fábrica de chocolate para ela. Ludibriada por sua cliente, Sofia acabou atestando que o documento era verdadeiro… “Ainda é cedo para falar disso, mas gostaria que a Sofia estivesse do lado da justiça. Queria muito que ela fosse do bem”, torce a atriz, ainda em dúvida sobre o caráter da personagem.

Balzaquiana brejeira

Aos 33 anos, Patrícia França ainda mantém o mesmo ar brejeiro de quando tinha 18. Foi justamente nessa idade que essa bela pernambucana de olhos expressivos e cabelos negros estreou na tevê, como a protagonista da minissérie Tereza Batista, adaptação de Vicente Sesso para o romance de Jorge Amado.

O tipo “mignon” da atriz só fez associá-la ao perfil da mocinha sofredora, como a Maria Santa de Renascer, a Cláudia de Sonho Meu e a Clarice de Suave Veneno. “De modo geral, não tenho do que reclamar. Tenho tido a sorte de ganhar bons personagens. Posso dizer que o conjunto da obra está bacana”, avalia, brincalhona.

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