Quando se comemora o centenário do arquiteto Lúcio Costa, que em 1957 venceu o concurso nacional para a elaboração do Plano Piloto de Brasília tendo em mente uma cidade que seria – intencionalmente – uma obra de arte, a Editora José Olympio apresenta o opúsculo Arquitetura, com introdução de Jorge Hue, arquiteto e colaborador do autor.
O livro tem um estilo elegante, claro e didático, voltado para um público amplo. Mostra que a arquitetura é parte fundamental da criação artística como manifestação normal de vida, constituindo uma espécie de “álbum de família” da humanidade.
Nascido na cidade francesa de Toulon em 27 de fevereiro de 1902 (filho de pais em serviço no exterior), Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro de Lima e Costa deixou um legado importante no mundo do espaço. Pois sua visão sobre arquitetura transcende a simples atividade de projetar.
Em Arquitetura vislumbra-se seu modo de ver a arte como manifestação normal de vida permeia todo o texto; introduz o passado não como coisa pretérita, mas como permanência, quando fala da tradição ou do Aleijadinho; mostra Brasília, síntese de sua trajetória; inclui ainda seu pensamento sobre o homem, a ciência e a tecnologia.