Papel Machê tem história

A artista Fátima Mohamed Abrão ilustra mais de cem objetos em papel artesanal, entres eles bolsas, baús, chapéus, mesas e bijuterias, no livro O Papel Machê e Seus Usos que têm pré-lançamento às 16h de hoje, na tenda de leitura do Circuito Cultural do Banco do Brasil (Centro Cívico), onde ela ministra uma oficina ecológica.

O livro será lançado também neste domingo, às 10h30, no Brother?s Choperia (Largo da Ordem), e no dia 22, às 11h, na Casa Vermelha. Fátima Abrão discorre sobre técnicas, história, estética e a importância do papel machê como reciclagem de resíduos como papelão e jornal.

A papietagem entrou na vida da Fátima em 1970, quando usava machê massa (massa modelável feita com cola de papel triturado) nas aulas para crianças.

No livro ela demonstra que é possível utilizar os objetos do papel machê tanto para uso pessoal, quanto cênico, para decoração de interiores e até escultural. E ensina que a história da arte registra o uso da técnica há mais de mil anos, sendo que os objetos podem ser encontrados em alguns museus da Inglaterra, França, para Egito e também no Brasil.

Os chineses já confeccionavam dragões e máscaras com o papel machê há mais de mil anos. Japoneses e persas também faziam máscaras para os seus rituais. Mas a maior difusão só ocorreu na França a partir do século XVIII, quando a técnica se tornou conhecida pela sua denominação atual, que na língua francesa significa: papel mastigado/moído, ou seja, papier maché.

No Paraná, o professor Inami Custódio, quando pesquisador do Museu Paranaense, recolheu exemplares de máscaras usadas pelos nativos do litoral do Estado em suas festas populares. Como se vê, a técnica é de domínio universal.

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