Os astros e o novo ano

Ainda que as evidências apontem para a guerra, a astrologia chinesa prevê paz, já que o signo da Cabra, regente de 2003, sugere reconciliação. Este é um dos capítulos proféticos dos manuais de astrologia em lançamento.

O astrólogo Neil Somerville em Seu Horóscopo Chinês para 2003 (Nova Era, 295 páginas) observa que “importantes tentativas serão realizadas para apaziguar controvérsias e levar a paz para áreas conturbadas”. E lembra que o tratado de Camp David, a extinção do apartheid na África do Sul, o acordo Salt II e o fim da Guerra do Golfo aconteceram em anos regidos pela Cabra.

O Anuário de Astrologia Nova Era, de Max Klim, também é tranqüilizador. Regido por Vênus, corpo celeste que representa a paz, 2003 passará por uma fase, diz o astrólogo, em que “a humanidade se voltará mais ao amor e à convivência que aos conflitos que marcaram os anos passados”. Max Klim recorre ainda à numerologia, lembrando que o ano novo tem como número base o cinco, para mais esperanças. É de se esperar, segundo ele, “uma fase de crescimento e expansão para todas as atividades humanas, com a recuperação de níveis de crescimento até agora interrompidos”.

O Almanaque do Pensamento, que há 91 anos é o livro de cabeceira de milhares de brasileiros, também manifesta o otimismo em relação a 2003 devido à regência de Vênus, pois que indica “mais amor, dedicação e apreciação da beleza, mais amizade ou riqueza, ao menos, grande bem-estar”. Especialmente para o Brasil, os astros indicam “uma grande e generosa melhoria da imagem mundial, assim como o aumento da força do País no cenário internacional”.

Os livros de Somerville e Max Klim (pseudônimo do horoscopista do Jornal do Brasil) bem como o Almanaque do Pensamento são guias astrológicos completos, trazendo as previsões de signo por signo. É o caso ainda de Seu Horóscopo Pessoal para 2003, de Joseph Polascky, (Nova Era, 380 páginas). Nele, o leitor encontra as previsões e também ensinamentos de como obter prosperidade fazendo uso das influências planetárias.

Há ainda dois guias dedicados exclusivamente ao satélite da Terra. O Almanaque da Lua, da Editora Pensamento, ensina como identificar o signo lunar e serve como consul-ta rápida para descobrir as melhores datas para tudo, não faltando nem a famosa dieta da Lua e a época mais favorável para pô-la em prática. Em O Livro da Lua-2003, de Márcia Mattos (Editora Sextante, 350 páginas) apresenta uma análise detalhada do que está em alta ou em baixa em um determinado período. A jornalista Márcia Mattos acrescenta nesta edição os principais fenômenos do céu em 2003, além das previsões dos signos. Segundo ela, o “efeito Lua” é responsável pelo humor e variações de energia, atuando como se as pessoas funcionassem como marés humanas.

De resto, que os astros iluminem os que têm sede de paz.

O tarô em 25 lições

Nei Naiff, pseudônimo do paulista Claudinei dos Santos, apresenta a didática de sua academia em Curso Completo de Tarô. São 25 lições (acompanham 78 cartas) que unem teoria e prática na arte do tarô, com informações sobre a história, a estrutura, os símbolos das cartas e os jogos. O leitor passa a ser seu próprio professor ao receber orientação progressiva sobre as interpretações das 78 cartas, que acompanham o livro; também contém dez avaliações, somando mais de 180 perguntas, com o gabarito. A obra é fundamental para quem deseja aprender o que é, para que serve e como jogar tarô. O autor desenvolveu, com a artista plástica Thaís Linhares, um tarô completo e exclusivo baseado em baralhos editados entre os séculos XV e XIX.

Este é o terceiro livro de Nei Naiff, que projeta treze títulos sobre tarô. “O conjunto, diz ele, visa elaborar novas estruturas de aprendizado, revelando desde sua história registrada em museus e bibliotecas da Europa até as modernas técnicas de jogos surgidas no século XX. É um assunto sempre polêmico, eu sei; mas tento mostrar a dignidade desta fabulosa arte do autoconhecimento sem, contudo, cair no clichê do misticismo urbano.

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